segunda-feira, 15 de junho de 2015

DIA 15 DE JUNHO - SEGUNDA-FEIRA

XI SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Coríntios 6,1-10)
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios.
6 1 Na qualidade de colaboradores seus, exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão.
2 Pois ele diz: “Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação”. Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.
3 A ninguém damos qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja criticado.
4 Mas em todas as coisas nos apresentamos como ministros de Deus, por uma grande constância nas tribulações, nas misérias, nas angústias,
5 nos açoites, nos cárceres, nos tumultos populares, nos trabalhos, nas vigílias, nas privações;
6 pela pureza, pela ciência, pela longanimidade, pela bondade, pelo Espírito Santo, por uma caridade sincera,
7 pela palavra da verdade, pelo poder de Deus; pelas armas da justiça ofensivas e defensivas,
8 através da honra e da desonra, da boa e da má fama.
9 Tidos por impostores, somos, no entanto, sinceros; por desconhecidos, somos bem conhecidos; por agonizantes, estamos com vida; por condenados e, no entanto, estamos livres da morte.
10 Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós que tudo possuímos!
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 97/98
O Senhor fez conhecer a salvação. 

Cantai ao Senhor Seus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
 
Evangelho (Mateus 5,38-42)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa palavra é uma luz para os meus passos e uma lâmpada luzente em meu caminho (Sl 118,105).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
5 38 Disse Jesus: “Tendes ouvido o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’.
39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra.
40 Se alguém te citar em justiça para tirar-te a túnica, cede-lhe também a capa.
41 Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil.
42 Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te quer pedir emprestado”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
A VIOLÊNCIA SUPERADA 
O discípulo do Reino não pode contentar-se com a prática de retribuir olho por olho e dente por dente. Ele se caracteriza pela capacidade de, com firmeza, quebrar a espiral de violência através de atitudes chocantes, até mesmo, para seu agressor. Não é fácil imaginar alguém oferecendo a face esquerda para ser esbofeteada quando já se recebeu um bofetão na direita. Do mesmo modo, alguém que pretenda extorquir uma túnica, em juízo, e ver o lesado oferecer-lhe também o manto. Ou, então, quem é obrigado a fazer companhia a alguém, numa longa caminhada, para protegê-lo dos assaltos, mostrar-se disposto a caminhar o dobro.
Estas atitudes são, à primeira vista, insensatas e injustificáveis. Mas, são normas de conduta para o discípulo. Que finalidade teriam? Jesus não estava pregando uma espiritualidade da humilhação e do sofrimento. Não lhe interessava ver o discípulo humilhado. O gesto proposto visava converter o agressor para o Reino. Mostrar-lhe que é possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a possibilidade de se relacionar com o próximo sem transformá-lo em objeto de seu ódio e estabelecer relações verdadeiramente fraternas e amistosas. A não-violência do discípulo do Reino, portanto, é vivida de forma positiva e construtiva. O Reino vai se construindo onde a violência dá lugar ao amor.

 

Senhor Jesus, dá-me força para quebrar a espiral da violência e transformar o ódio em amor.

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Ó Deus, que pelo pão e vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Pai santo, guarda no teu nome os que me deste, para que sejam um como nós, diz o Senhor (Jo 17,11).
Depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na eucaristia prefigura a união dos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

BEATA ALBERTINA BERKENBROCK
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Senhor, fonte da inocência e amigo da pureza, que ornastes a bem-aventurada Albertina Berkenbrock, ainda adolescente, com a graça do martírio e a coroastes no combate pela virgindade, dai-nos, por sua intercessão, guardar sempre os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Aceitai, ó Deus, nossa humilde oferenda na comemoração da Virgem e Mártir Bem-Aventurada Albertina e concedei-nos, por esta oblação, manter acesa em nossos corações a chama do vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Nutridos pelo pão do céu, imploramos, ó Deus, vossa clemência, para que, alegrando-nos com a beatificação da vem-aventurada Albertina, possamos alcançar o perdão por nossos pecados, graça e proteção para nossas vidas e finalmente a glória eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (BEATA ALBERTINA BERKENBROCK):
"Albertina foi uma menina que ousou ser santa." Foi com essas palavras que Dom Jacinto Bergmann, bispo da diocese de Tubarão - Santa Catarina -, referiu-se a ela na cerimônia de sua beatificação. Albertina Berkenbrock nasceu dia 11 de abril de 1919, no povoado de São Luís, município de Imaruí no Estado de Santa Catarina, Brasil. Filha de um casal de agricultores - Henrique Berkenbrock e Josefa Boeing - fervorosos católicos oriundos de famílias alemães, com eles ela aprendeu as verdades da fé, a rezar, a freqüentar a igreja e a respeitar os mandamentos de Deus. Cultivou especial devoção a Virgem Maria e a São Luiz Gonzaga. Recitava diariamente o rosário com a família. Preparou-se com alegria para a Primeira Eucaristia que recebeu no dia 16 de agosto de 1928. Foi neste ambiente simples, belo e cristão de sua família que Albertina cresceu. Ajudava os pais nos trabalhos da roça e em casa. Era dócil, obediente, incansável, e paciente. Sua caridade era grande. Gostava de acompanhar as meninas mais pobres, de jogar com elas e com elas dividir o pão que trazia de casa para comer no intervalo das aulas. Teve especial caridade com os filhos do seu assassino, que trabalhava na casa do seu pai. Muitas vezes Albertina deu de comer a ele e aos filhos pequenos, com os quais se entretinha alegremente. Albertina, apesar de seus 12 anos, aparentava mais idade e tinha um corpo já bastante desenvolvido. Era alta e forte, acostumada ao sol e aos trabalhos da roça. Tinha cabelos louros tendendo ao castanho, olhos verde-escuros. Era uma bonita moça. Tudo corria normalmente até que chegou o dia 15 de junho de 1931. Perdera-se um boi pelos pastos. Albertina saiu a procura a pedido dos pais. De longe, Maneco Palhoça - ou Indalício Cipriano Martins, que planeja conquistar a menina para seus intentos eróticos, a avistou. Albertina procurava o boi fugitivo. De repente viu ao longe alguns chifres e correu naquela direção. Para sua surpresa, porém, encontrou perto deles Maneco carregando feijão na carroça. À pergunta de Albertina pelo boi desaparecido, o homem lhe deu uma pista falsa para encaminhá-la ao lugar onde poderia satisfazer seus desejos sem chamar atenção. Albertina seguiu a indicação de Maneco e embrenhou-se pela mata. Repentinamente deu de cara com Maneco. Ficou petrificada. Sozinha, no mato, com aquele homem na frente! Ainda naquela manhã ela levara comida a seus filhos, como fazia sempre. Havia certa familiaridade entre Albertina e Maneco: ela o chamava de "Maneco preto", como todo mundo, sem que ele se ofendesse. Maneco lhe propôs seus intentos. Albertina, decidida, não aceitou. Começou então, a tentativa do assassino de se apossar de Albertina, mas ela não se deixou subjugar. A menina é forte. Aos pontapés se defendeu, derrubou o assassino. A luta foi longa e terrível. Ela não cedeu. Maneco, derrotado moralmente pela menina, vingou-se, agarrou-a pelos cabelos e afundou o canivete no pescoço e a degolou. Seu corpo ficou manchado de sangue... Sua pureza e virgindade, porém, ficaram intactas. Aos 12 anos de idade, Albertina foi assassinada porque quis preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher por causa da fé e da fidelidade a Deus. E ela o fez heroicamente como verdadeira mártir. O martírio e a conseqüente fama de santidade espalharam-se rapidamente. A cerimônia de beatificação de Albertina foi realizada em Tubarão - Santa Catarina . Contou com a presença do bispo local, Dom Jacinto Bergman; presidiu a cerimônia o cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Estavam presentes cerca de 20 mil pessoas, na praça da Catedral de Tubarão, além de dezenas de bispos e sacerdotes. Após a leitura da biografia e a solicitação de beatificação, feita por Dom Jacinto Bergman, o cardeal Saraiva Martins leu o decreto de Bento XVI, que inscrevia oficialmente Albertina no catálogo dos bem-aventurados. Albertina está viva mais do que nunca. Primeiro porque vive em Deus, imersa na paz e na felicidade sem fim. Depois porque vive no coração de seus parentes, amigos e devotos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário