Formação RCC






Funções do Ministério de Comunicação da RCC





Por: Vinícius Rossi
(Coordenador Arquidiocesano do Min. De Comunicação)
O irmão Comunicador é…
I-O responsável por divulgar o nome do Grupo e a importância da nossa espiritualidade carismática perante as comunidades cristãs e no mundo.
II-Aquele que está sempre informado das ações de evangelização da RCC na Arquidiocese e que sabe falar, principalmente dentro do seu Grupo de Oração, sobre os eventos mais próximos e importantes que acontecerão (este momento geralmente acontece no final do grupo, mas isso pode variar).
III-O responsável, juntamente com outros irmãos do ministério e núcleo, por manter e atualizar os conteúdos nos meios de comunicação que o Grupo possui, como informativos, site e etc., de acordo com a realidade de cada grupo (O coordenador tem a liberdade para criar um meio de comunicação dentro do GO caso não tenha).
IV-Aquele que pensa na imagem do Grupo de Oração e pode opinar ou mesmo criar a camisa do grupo, os cartazes dos eventos locais e etc.
V-Aquele que divulga o programa Caminhando com Jesus (690Am) no Grupo de Oração.
VI-Aquele que antes de fazer qualquer um desses itens anteriores tem vida de oração, que ama a Igreja, que adora JESUS Eucarístico, tem vida sacramental e que vê em Maria Santíssima, o modelo de serva humilde e fiel.
Caríssimos irmãos e irmãs, espero muito ter-lhes orientado bem, a respeito daquilo que deve realizar o servo discernido do Ministério de Comunicação da RCC, dentro de seu precioso Grupo de Oração. Assim, sejamos todos um só corpo e tenhamos um só espírito, em Cristo Jesus, o Comunicador do Pai, nossa alegria.
Que Deus no abençoe!



Coordenadores estaduais
Coordenadores Estaduais da RCCBRASIL
  

Acre
Normando de Araújo Rosa Junior

 
 
  

Alagoas
Maria Alice Martins

 
 
  

Amapá
Dário Antonio de Araújo

 
 
  

Amazonas
Irlanda Bindá de Araújo

 
 
  

Bahia
Taciano S. Nascimento

 
 
  

Ceará
James Apolinário

 
 
  

Distrito Federal
Herculano Marinho

 
 
  

Espírito Santo
José Carlos Paulli

 
 
  

Goiás
Taciano Ferreira Barbosa

 
 
  

Maranhão
Francisco Alves Camelo

 
 
  

Minas Gerais
Rogério Rosa

 
 
  

Mato Grosso
Cristiane Coelho de Oliveira

 
 
  

Mato Grosso do Sul
Armando de Jesus Gouveia Cabral

 
 
  

Pará
Mário Lúcio da Silva Souza

 
 
  

Paraíba
Felippe Felizardo da Silva

 
 
  

Paraná
Vera Lúcia Ximenes

 
 
  

Pernambuco
Pedro Coutinho

 
 
  

Piaui
Carlos César Gomes de Sales

 
 
  

Rio de Janeiro
Ricardo Emílio

 
 
  

Rio Grande do Norte
Aldir Paulino Pires

 
 
  

Rio Grande do Sul
Darlen Macedo Vaz

 
 
  

Rondônia
Márcio Silva de Sena

 
 
  

Roraima
Francisco Simeão de Carvalho Lira

 
 
  

Santa Catarina
Adriano José Mendes

 
 
  

São Paulo
José Rogério Soares dos Santos

 
 
  

Sergipe
Luciano Luis M. Mattos

 
 
  

Tocantins
Maria Nilva Ribeiro

 

/ Ministérios / Artes



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Ministério de Música e Artes
Ministério de Música e Artes é a reunião das expressões artísticas que temos dentro da RCC: música,dança, teatro, artes plásticas e etc. Este ministério fornece subsídios e formação para aqueles que estão trabalhando com a música, com o teatro, e outras expressões dentro dos grupos de oração e/ou outras atividades da Renovação Carismática Católica.



Coordenador: 

Taciano Nascimento

EMAIL: artes@rccbrasil.org.br

Ministério de Comunicação Social

(Isaías 40,9) Subi a uma alta montanha, para anunciar a boa nova a Sião. Elevai com força a voz, para anunciar a boa nova a Jerusalém. Elevai a voz sem receio, dizei às cidades de Judá: Eis vosso Deus!
Vivemos em um mundo onde o ser e o ter passaram a ser prioridades em muitas vidas. Homens e mulheres, criados a imagem e semelhança de Deus, têm rejeitado a condição de filhos amados do Pai, priorizando o material e, aos poucos, perdendo a identidade cristã e vida no Espírito. Nossa sociedade, cada vez mais relativista, transmite uma imagem distorcida do evangelho, na maioria das vezes usando até mesmo a Palavra para justificar atitudes e atos que são moralmente duvidáveis. Sendo assim, precisamos elevar com força a voz, para anunciar a boa nova a Jerusalém. Anunciar sem receio, a todos: Eis vosso Deus! (Is 40)
O Ministério de Comunicação da RCC, tem como objetivo anunciar o Senhorio de Jesus, em todas as instâncias mostrar semeando a Cultura de Pentecostes, Dentro da Renovação Carismática Católica – RCC é um ministério de serviço que tem o objetivo de dinamizar, organizar e efetivar a evangelização através dos meios de comunicação, bem como ser responsável por toda parte de divulgação e cobertura dos eventos dentro da RCC, servindo de suporte aos demais ministérios.



fontewww.rccbrasil.org.b
Esc ola Nacional de Formação

 
A ESCOLA
Em sua missão como Igreja, a Renovação Carismática Católica, dócil sob a ação do Espírito Santo, vem buscando aperfeiçoar a formação de sua liderança. Isso se dá de forma a se responder às necessidades de uma Nova Evangelização e de um Novo Pentecostes, como nos pede o Documento de Aparecida.
Dessa maneira, como resposta a este apelo dos bispos latino americanos, surge a proposta da Escola Nacional de Formação para Líderes e Missionários. Assim poderemos, cada vez mais, dar passos de “maturidade eclesial”, como nos pedia o papa João Paulo II em 1998.
Neste aspecto, a Escola Nacional de Formação vai contribuir para que nossas lideranças e nossos missionários possam realizar uma evangelização mais eficiente, podendo responder aos desafios sociais, políticos e religiosos que possam surgir durante esta ação.

ETAPAS
A Escola foi dividida em três etapas: 
- 1ª etapa: é desenvolvida a formação para a liderança. 
- 2ª etapa: é trabalhada a temática Missão "Ad Intra", ou seja, aquela que é realizada dentro das instâncias internas do Movimento. A participação nesta fase é limitada àqueles que participaram da primeira etapa e responderem ao chamado missionário.
- 3ª etapa: é voltada para as Missões "Ad Extra", que anuncia Jesus a pessoas que já o conhecem, e "Ad Gentes", que proporciona a evangelização a quem não O conhece. Esta fase também é prática, pois é durante a sua realização que ocorre o estágio missionário.

DISCIPLINAS
Os conteúdos abordados na Escola trazem uma reflexão mais aprofundada com elementos que contemplam fundamentos teológicos-pastorais, sem deixar de acentuar a Identidade e a Espiritualidade da Renovação Carismática Católica. Dentro deste contexto, serão abordadas disciplinas como Liderança, Eclesiologia, Pneumatologia, Cristologia, Querigma, Sagrada Escritura, Mariologia e Missiologia.

PRÓXIMA EDIÇÃO
Início: 04/02/2012
Término: 14/02/2012
Local: Curitiba/PR

INSCRIÇÃO ON-LINE As inscrições foram prorrogadas até quinta-feira, dia 2 de fevereiro, às 18h.
As inscrições para a 1ª e 2ª etapas da Escola estão abertas a todos os membros da RCC interessados em participar deste momento de formação e partilha fraterna. Para inscrever-se basta clicar no botão abaixo, preencher o formulário e gerar o boleto referente a primeira parcela no valor de R$ 100,00. O restante do valor será pago na entrada da Escola. O valor total é de R$ 450,00 (com hospedagem e alimentação).

 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
- No momento da inscrição é preciso informar os dados de como o aluno chegará em Curitiba:  nº do vôo e a empresa, dia e hora de chegada ou dia e horário de chegada do ônibus. Tais informações são fundamentais para a organização dos traslados até a Escola. Se, no momento da inscrição o aluno ainda não souber essas informações, ele poderá adicioná-las depois clicando no link "acessar a minha inscrição".
- Haverá uma VAN que fará o deslocamento entre o aeroporto/rodoviária e o local da escola em horários pré-determinados aos quais informaremos por e-mail, haverá uma pessoa com uma identificação da escola para acolhê-los no balcão de informação.
- Dúvidas fazer contato por telefone com Sueli - (41) 9911-5957 ou Lúcia - (41) 9661-3056 
- Será necessário trazer roupa de cama, objetos de higiene pessoal, material escolar e medicamentos de uso contínuo e pessoal. 
- A Escola inicia-se após às 12h do dia 4 e será encerrada após às 12h do dia 14. O atendimento da equipe no local inicia a partir das 8h do dia 4 e encerra às 18h do dia 14; fora deste período não haverá atendimento. Quem desejar chegar antes do dia 4 ou retardar o seu retorno para após o dia 14 deverá se responsabilizar em encontrar local para se hospedar.
 
- A Missa de abertura da Escola será no dia 4 às 20h.

LOCALIZAÇÃO
O local da Escola Nacional de Formação para Líderes e Missionários será a Chácara do Colégio Bagozzi, o endereço é Rua Nestor Pereira Habkost, 250 - Araucária - PR (Região Metropolitana de Curitiba)
 
Segue abaixo alguns links para mapas de como se chegar à Escola de Lideranças para quem vem de carro de:

Aeroporto => Escola de Lideranças

 
BR-277/376 Interior do PR => Escola de Lideranças



BR-476 Sul do PR/SC e RS => Escola de Lideranças 



BR-116 SC/RS => Escola de Lideranças 


 
BR-376/101 SC => Escola de Lideranças

 
BR-277 Litoral do PR => Escola de Lideranças

 
BR-116 SP => Escola de Lideranças

 
Rodoferroviária de Curitiba => Escola de Lideranças


 



Boa tarde a todos, estamos convocando todo os pregadores do setor M para uma reunião dia 13/04 as 19h na Igreja da Cohab-CABO, esta reunião é para resolvermos o nosso retiro que acontecerá nos dias 05 e 06/05/2012 na praia de SERRAMBI-IPOJUCA, com o tema: APASCENTA MINHAS OVELHAS, com os pregadores GILMAR e Ir. KLEBER.

Por isso, conto com a presença de todos para esta reunião, onde vamos resolver questões de transportes, alimentação, entr outros.

Que nosso Senhor Redentor do Mundo esteja sempre em nossa presença para nos iluminar e nos dar a força necessaria para caminharmos frente a batalha deste mundo.


Williams Santos

Coordenador Min. Pregação

Setor M (Cabo de Stº Agostinho)

E-mail: setorm.pregacao@bol.com.br
Publicado no dia 30/12/2011 | 11:15:24 
Ano Novo e a Cultura de Pentecostes

Na visão de muitos antropólogos, o homem possui uma necessidade de viver em ciclos, com marcos que possam estabelecer noções de términos e reinícios. Na tradição da cultura ocidental, no entanto, o tempo apresenta-se de forma linear e momentos como a "passagem de ano", por exemplo, parecem sugerir espontaneamente um "recomeçar a vida", num esforço de manifestar esse desejo cíclico do ser humano.
A passagem de ano é um momento em que “fim e começo” parecem se tocar. Nesse momento há um despertar da esperança no homem, um desejo de recomeçar a vida, os projetos, os sonhos. O clima celebrativo e de forte conotação emotiva tem conotação mágica. É em meio à necessidade de fazer uma revisão da etapa anterior e da prospectiva da etapa seguinte, e envolvidos por votos de felicidade, paz, amor etc., que surgem as promessas: eu prometo que este ano vou deixar este vício, emagrecer, estudar, economizar mais, vou ser melhor, vou rezar mais, amar mais, e por aí vai...  Poderíamos chamar isso de síndrome de fim de ano.

Esse assunto é tão presente no comportamento da sociedade, atualmente, que diversos programadores desenvolveram sites que pudessem "ajudar" as pessoas a decidirem sobre suas novas promessas... O psicólogo britânico Richard Wiseman realizou uma pesquisa sobre essas promessas de final de ano e sugere que apenas 10% das pessoas conseguem cumprir com as resoluções definidas no fim do ano. Não obstante, as promessas, novas ou renovadas, continuam sendo feitas. As promessas humanas parecem ser tão duráveis quanto o som e o brilho dos fogos.  As explosões dos “fogos” no céu acabam se tornando testemunhas de promessas humanas que cairão no esquecimento e não conseguirão ser cumpridas.

Mas, e nós, carismáticos, às portas de um novo ano que surge e envolvidos pelo desejo de moldar a Cultura de Pentecostes em nosso tempo, qual deve ser a nossa atitude nesse momento tão significativo para a sociedade ocidental?

Fazer “promessa” ou permitir que a promessa se cumpra?

O verbo latino promittere (prometer) significa pro= à frente + mittere= enviar, mandar, emitir. Nesse sentido, pode-se traduzir como "enviar adiante, mandar à frente", ou ainda "levar a esperar".  Prometer é comprometer-se a dar mais tarde. Diante de um grande desejo, a promessa "dá esperança" e propõe um compromisso.
Na Bíblia encontram-se mais de 8,5 mil promessas, sendo que aproximadamente 85% dessas promessas são feitas pelo próprio Deus ao homem. Cerca de mil promessas encontradas na Bíblia são feitas de uma pessoa para a outra. Há promessas feitas do homem a Deus, pelos anjos ao homem, de Jesus aos discípulos etc. Na verdade, podemos até nos referir à Bíblia como um livro de promessas e cumprimento. Muitas promessas cumpridas, outras se cumprindo atualmente e, ainda, outras que se cumprirão a seu devido tempo.
O Magistério nos ensina que "em várias circunstâncias, o cristão é convidado a fazer promessas a Deus. O Batismo e a Confirmação, o Matrimônio e a Ordenação sempre as contêm. Por devoção pessoal, o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação etc." (Catecismo 2101).
Para uma autêntica Cultura de Pentecostes na qual os comportamentos são resultantes de uma vida no Espírito, somos convidados a ter atitudes novas, também e especialmente num momento tão celebrativo e significativo como a passagem de ano. No entanto, ao invés de formular novas promessas fundadas no forte impacto emocional do momento, não seria uma nova e bela atitude comprometer-se em assumir as promessas, profecias e direcionamentos dados por Deus a nós? Esse não seria um momento propício para dizer aquele faça-se em mim segundo a Tua Palavra como fez Maria, Mãe de Jesus? Aliás, o dia 1º de janeiro, dia da Santa Mãe de Deus, oferece-nos a oportunidade de recordar-nos daquela que não se preocupou em fazer promessa, mas que permitiu em sua vida a realização da Promessa esperada desde a antiguidade!
Esta é uma boa hora para dizer "Sim!". Sim aos planos de Deus, e não às nossas vaidades e projetos pessoais. Sim à Palavra de Deus que pode gerar em nós a Vida nova, tão desejada nesse momento! Sim ao Amor de Deus que nos transforma para sermos pessoas melhores, mais humanas, mais santas!
Enquanto as luzes dos fogos iluminam a noite, aqueles que assumem o batismo no Espírito Santo deveriam trazer consigo o desejo de terem suas almas iluminadas pelo Espírito de Deus. Devem cantar "a nós descei, Divina Luz!", como quem reconhece a necessidade da claridade divina para não cair nas trevas do pecado. Deve-se reconhecer a necessidade da graça de Deus para se conseguir cumprir a própria vocação durante todo o novo ano, pois a graça de Deus nunca passará.
Compromisso com a Cultura de Pentecostes
Para dar forma à Cultura de Pentecostes, a nossa principal missão é "tornar o Espírito Santo conhecido e amado", segundo a orientação de João Paulo II. Da Renovação Carismática Católica não se deve esperar promessas, mas adesão às promessas de Deus! Atitudes de colaboração para a concretização das promessas de Deus em nosso tempo. "Derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo" (Jl 3,1). No coração de cada carismático, o réveillon deve configurar-se como um Novo Pentecostes. É uma excelente hora para apresentar os melhores frutos de evangelização do ano que terminou e aproveitar para encher as mãos de novas sementes da Palavra para serem lançadas, ao longo do ano, em cada canto de nosso país. E aqueles que não "apanharam nada durante o ano todo" devem dizer como Pedro a Jesus: "Confiantes na Tua Palavra, lançaremos a rede!" novamente (Lc 5,5).
Recomeçar, reconstruir!
Para a atualização da Cultura de Pentecostes necessitamos de testemunhas autênticas. Temos como primeiro e mais perfeito modelo de testemunha, Maria, Mãe de Jesus. Ela é testemunha do nascimento, do ministério, morte e ressurreição de Jesus. É testemunha de Jesus e é também testemunha do Espírito Santo. Foi por meio do Espírito que Maria concebeu, e quando Ele se manifestou no dia de Pentecostes ela estava lá com os discípulos. Maria torna-se o protótipo da Cultura de Pentecostes.
Hoje, como "participantes da promessa em Jesus Cristo pelo Evangelho" (Ef 3,6), enquanto nos despedimos de um ano que entrará para a história da RCC pelo tanto de promessas de Deus realizadas na vida desse Movimento, tornamo-nos testemunhas oculares e ativas de tão grande e atual graça. Mais do que fazer novas promessas, devemos continuar assumindo o compromisso de sermos protagonistas para a civilização do amor, que somente poderá ser fecundada por meio da Cultura de Pentecostes estabelecida em nosso tempo.
Que Maria nos ensine a dizer Sim e a fazer tudo o que Jesus nos disser, neste novo ano!
Rogério Soares
Coordenador do Grupo de Reflexão Teológica da RCCBRASIL

A beleza de fazer parte de um povo singular: O POVO DE DEUS

Era véspera de Natal do ano de 1944 e o mundo sofria sob os terrores da Segunda Guerra Mundial que já se estendia por cinco anos. Pio XII dirigiu uma mensagem aos fiéis que foi ao mesmo tempo de conforto e de exortação a respeito de questões relacionadas ao conflito. Um dos assuntos principais foi a democracia. Ele esclareceu que a democracia de fato só é possível por meio de homens conscientes de seus deveres e direitos, de sua liberdade unida ao respeito da liberdade e da dignidade dos demais.
“O povo vive e se move com vida própria. [...] vive da plenitude da vida dos homens que o compõe, cada um dos quais em seu próprio posto e à sua maneira, é pessoa consciente de suas próprias responsabilidades e suas próprias convicções”, disse o Papa.
O que coloca a democracia em risco são os aglomerados amorfos (massas) suscetíveis à manipulação.  Massa, definiu o Sumo Pontífice, é “joguete fácil nas mãos de um qualquer que explore seus instintos e impressões, disposta a seguir cada vez uma, hoje esta, amanhã aquela outra bandeira”. Ou seja, são pessoas que não agem verdadeiramente como sujeitos  conscientes e livres.
Na edição passada, refletimos sobre como a compreensão de liberdade equivocada tem levado muitos a violarem a própria dignidade sem darem-se conta. Julgam que são livres, mas são escravos.
Em nome da liberdade, o ser humano tem  feito mal a si mesmo e ao próximo. Só para ficarmos como um exemplo muito ilustrativo: a liberdade é invocada até mesmo para a defesa do assassinato. Não é esse o discurso de grupos que sem pudor algum defendem a ideia maligna de que é lícito o assassínio de crianças no ventre materno? Dentro dessa concepção, a liberdade nada mais  é do que  serva da cultura de morte.
A fé católica entende que liberdade, esse valor que distingue o que é povo e massa, não se confunde com o direito de se fazer o que quer que seja, mesmo o mal, contanto que agrade:
“A liberdade verdadeira é um sinal privilegiado da imagem divina no homem. [...] Exige, portanto, a dignidade do homem que ele proceda segundo a própria consciência e por livre adesão, ou seja, movido e induzido pessoalmente desde dentro e não levado por cegos impulsos interiores ou por mera coação externa. O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se da escravidão das paixões, tende para o fim pela livre escolha do bem e procura a sério e com diligente iniciativa os meios convenientes.”
Se é possível entendermos a liberdade sob essa perspectiva, orientada para Deus, é porque “a fé esclarece todas as coisas com luz nova.”  Também a compreensão do conceito de povo é ampliada ao receber as luzes da fé. A dignidade do ser humano - criado à imagem de Deus - é tamanha que ele é chamado a fazer parte não apenas de um povo circunscrito a  determinado lugar. À luz da Revelação Divina, sabemos que todos os homens são convocados a fazerem parte do Povo de Deus. Como prometemos na edição passada, é sobre esse povo de características singulares que vamos refletir um pouco.
As características do Povo de Deus
Pela fé sabemos que Deus escolheu Israel para ser o seu povo, manifestando-se a Si mesmo e os desígnios da Sua vontade na história dele. Tudo como preparação da Aliança nova e perfeita, que seria concluída em Cristo. Esta nova Aliança instituiu-a Cristo no seu Sangue, chamando um povo, proveniente de judeus e pagãos, a juntar-se na unidade, não segundo a carne, mas no Espírito. 
Esse povo se distingue de todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história.  A primeira distinção é a sua pertença a Deus.  A condição para se ingressar nele é o  nascimento do Alto, da água e do Espírito, isto é, pela fé em Cristo e pelo Batismo.
No coração das pessoas que pertencem a essa raça eleita, como num templo, reside o Espírito Santo que as leva a viverem na dignidade da liberdade dos filhos de Deus. Elas vivem a “lei nova” e agem tendo por base o mandamento novo dado pelo Senhor, de amar como Ele nos amou. 
Todos os que são habitados pelo Espírito têm uma missão da qual não podem se furtar: ser sal da terra e luz do mundo. E que consolador: aqueles que desse povo fizerem parte têm por destino o Reino dos Céus, o qual, começado na terra pelo próprio Deus, se deve dilatar cada vez mais, até ser consumado no fim dos séculos.
A Igreja é esse povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, na definição de São Cipriano, e o mandato missionário impulsiona-nos a buscarmos outros que ainda estão de fora: “Ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20).
Ser massa, ou povo?
E nesse ponto podemos refletir sobre nosso chamado de vivermos e difundirmos a Cultura de Pentecostes. Se nos debruçamos sobre essas questões é porque devemos assumir como nossa a angústia de Cristo diante das multidões errantes e prostradas “como ovelhas sem pastor" e para repetir suas palavras "tenho compaixão desta multidão".  E, também, para pensarmos com realismo sobre nossas vidas e atividades missionárias. Temos vivido como povo? O que temos feito para que as pessoas façam parte dele, tal qual concebido pelo Senhor, na mais total autenticidade?
Temos acesso às multidões, como Jesus tinha e, felizmente, testemunhamos verdadeiras conversões em nosso meio, mas sabemos que podemos aprimorar nosso serviço ao Senhor. Por isso, são pertinentes alguns questionamentos: com que frequência as pessoas que vêm até nós são motivadas apenas pelo nome da banda ou do pregador famosos; ou pela necessidade de algum milagre? Pessoas que sempre “precisam de impulso de fora”?
Aqueles que buscam a solução para os seus problemas em algum ambiente nosso estão passando por um processo de metanoia, conversão genuína? É preciso que pensemos seriamente sobre isso, porque se em nosso meio, ano após ano, ainda existem aqueles irmãos que vivem de evento em evento em busca do extraordinário, sem assumir os valores do Evangelho, certamente algo está errado.
Afinal, a evangelização visa à mudança radical de vida, individual e coletiva.  A força do Evangelho deve modificar “os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação”.  
Meta elevada, sabemos,  mas essa é a proposta do cristianismo. Não podemos nos conformar. Estar na mesma forma. É preciso que estejamos dispostos a influenciar as realidades que nos cercam a partir de nós mesmos. “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito (Rm 12.2).
Quanto mais vivermos e levarmos outras pessoas a viverem como autêntico Povo de Deus, mais e mais o mundo viverá o que Jesus ensinou.
No coração das Massas 
Jamais, na história do cristianismo, tivemos tantos meios para chegar às pessoas. Hoje, ouvimos falar de encontros cristãos católicos ou de outras denominações cristãs que reúnem multidões impressionantes. Os cristãos do Brasil estão ocupando lugares nas mais diferentes mídias que se têm à disposição em nossos tempos e isso é muito bom. 
Mas o mundo está mais cristão? Os ensinamentos de Jesus Cristo estão sendo conhecidos e vividos de verdade? Lembremos que o Senhor, ao enviar os seus discípulos, ordenou-lhes que ensinassem os povos a observar tudo o que Ele lhes havia lhes  dito: amor a Deus e ao próximo, perdão, pobreza, mansidão, simplicidade, renuncia, doação de vida ... Nada pode ser omitido. A esse respeito Bento XVI nos advertiu: a mensagem evangélica não  pode ser “selecionada” para dar audiência, ser popular.
“Antes de tudo, devemos estar cientes de que a verdade que procuramos partilhar não extrai o seu valor da sua “popularidade” ou da quantidade de atenção que lhe é dada. Devemos esforçar-nos mais em dá-la a conhecer na sua integridade do que em torná-la aceitável, talvez a mitigando. ”
Como é fácil encontrar pessoas que recebem o Anúncio, até se emocionam, gostam das músicas cristãs, mas não estão dispostas a viver as renúncias da fé.  Como temos lidado com isso? Estamos criando mecanismos para formar as pessoas na reta doutrina, para “aprofundar, consolidar, alimentar e tornar cada dia mais amadurecida a fé daqueles que se dizem já fiéis ou crentes, afim de que o sejam cada vez mais”?
Se temos tido contato com multidões e elas, ao saírem de nossa presença, continuam relativistas, selecionando os aspectos da fé que mais lhes agradam, se levam uma vida sem considerar os Mandamentos, se ignoram os ensinamentos de Cristo e de Sua Igreja, precisamos pensar seriamente a respeito.
Aqui entra o papel do pastoreio, como um esforço para que as ovelhas fiquem no aprisco, protegidas dos tantos lobos que as cercam. O pastoreio insere a pessoa em uma nova cultura; em nossa linguagem habitual: na Cultura de Pentecostes. É preciso despertar nelas a consciência de que fazem parte deste povo singular.  Que desejem ir para a Igreja, ao Grupo de Oração, porque sabem o que significa fazer parte do Corpo do Senhor. E que elas próprias possam ser também propagadoras da Mensagem.
Para que isso aconteça, é preciso cuidar, amar, ouvir, ensinar, formar. É preciso ter paciência, também, porque essa mudança geralmente requer dedicação perseverante. É missão nossa trabalhar para que grupos sem identidade, sem forma, sejam transformados em Povo Deus.
Povo esse que se manifestou ao mundo no dia de Pentecostes e mudou o rumo dos acontecimentos da humanidade.  Aqueles homens e mulheres da primeira hora do cristianismo encararam os desafios de seu tempo com coragem. Quando necessário derramaram o próprio sangue, que foi “semente de novos cristãos”. Eis uma história verdadeira e bonita, que mostra qual deve ser a postura do povo que leva o nome do Altíssimo.
História cara a todos nós que nos sentimos chamados a ser “rosto e memória” de Pentecostes. Certamente conhecê-la melhor nos fará perceber por que temos de lutar “pelo nosso povo e nossa religião” (Mac 3, 43) Assunto para a próxima edição.
Atenção:
Os dois artigos anteriores estão disponíveis em nosso portal na seção formação:Povo ou massa? e Eventos: Portas de entrada ou fins em si mesmos?
Lúcia V. Zolin
Coordenadora Nacional da Comissão e Ministério de Comunicação
Grupo de Oração Divina Misericórdia






A ESCOLA
Em sua missão como Igreja, a Renovação Carismática Católica, dócil sob a ação do Espírito Santo, vem buscando aperfeiçoar a formação de sua liderança. Isso se dá de forma a se responder às necessidades de uma Nova Evangelização e de um Novo Pentecostes, como nos pede o Documento de Aparecida.
Dessa maneira, como resposta a este apelo dos bispos latino americanos, surge a proposta da Escola Nacional de Formação para Líderes e Missionários. Assim poderemos, cada vez mais, dar passos de “maturidade eclesial”, como nos pedia o papa João Paulo II em 1998.
Neste aspecto, a Escola Nacional de Formação vai contribuir para que nossas lideranças e nossos missionários possam realizar uma evangelização mais eficiente, podendo responder aos desafios sociais, políticos e religiosos que possam surgir durante esta ação.

ETAPAS
A Escola foi dividida em três etapas:
- 1ª etapa: é desenvolvida a formação para a liderança.
- 2ª etapa: é trabalhada a temática Missão "Ad Intra", ou seja, aquela que é realizada dentro das instâncias internas do Movimento. A participação nesta fase é limitada àqueles que participaram da primeira etapa e responderem ao chamado missionário.
- 3ª etapa: é voltada para as Missões "Ad Extra", que anuncia Jesus a pessoas que já o conhecem, e "Ad Gentes", que proporciona a evangelização a quem não O conhece. Esta fase também é prática, pois é durante a sua realização que ocorre o estágio missionário.

DISCIPLINAS
Os conteúdos abordados na Escola trazem uma reflexão mais aprofundada com elementos que contemplam fundamentos teológicos-pastorais, sem deixar de acentuar a Identidade e a Espiritualidade da Renovação Carismática Católica. Dentro deste contexto, serão abordadas disciplinas como Liderança, Eclesiologia, Pneumatologia, Cristologia, Querigma, Sagrada Escritura, Mariologia e Missiologia.





O Amor de Deus supera a morte

Apresentamos, a seguir, a catequese que o Papa Bento XVI dirigiu aos fiéis reunidos para a audiência geral durante a celebração do dia de Finados.

Queridos irmãos e irmãs:
Depois de celebrarmos a solenidade de Todos os Santos, a Igreja nos convida a relembrar os fiéis defuntos, a dirigir nosso olhar para tantos rostos que nos precederam e concluíram o seu caminho terreno. Na audiência deste dia, por isso, eu gostaria de propor a vocês alguns pensamentos singelos sobre a realidade da morte, que, para nós, cristãos, é iluminada pela Ressurreição de Cristo, a fim de renovarmos a fé na vida eterna.
Nestes dias, nós vamos ao cemitério rezar pelas pessoas queridas que nos deixaram. Quase uma visita para expressar, mais uma vez, o nosso afeto, para senti-los perto, recordando também, deste modo, um artigo do Credo: creio na comunhão dos santos. Há um vínculo estreito entre nós, que caminhamos nesta terra, e os muitos irmãos e irmãs que já alcançaram a eternidade.
Desde sempre, o homem se preocupa com os seus mortos e tenta dar a eles uma espécie de segunda vida através da atenção, do cuidado, do afeto. Em certo sentido, queremos conservar a sua experiência de vida. E, paradoxalmente, o modo como eles viveram, o que eles amaram, o que eles temeram, o que esperaram e o que detestaram, nós descobrimos precisamente pelos seus túmulos, onde lembranças se acumulam. São quase como um espelho do seu mundo.
Por quê? Porque embora a morte seja um tema quase proibido em nossa sociedade, e pretendam continuamente tirar da nossa mente o mero pensamento da morte, ela nos afeta, a cada um de nós; ela afeta o homem de todo tempo e de todo lugar. E diante deste mistério, todos, mesmo inconscientemente, procuramos algo que nos convide a esperar, um sinal que nos dê consolo, que abra algum horizonte, que ofereça um futuro. O caminho da morte, na verdade, é um caminho de esperança, e percorrer os nossos cemitérios, e ler as inscrições nas lápides, é percorrer um caminho traçado pela esperança de eternidade.
Mas por que tememos a morte? Por que a humanidade, em sua maioria, nunca se resignou a crer que depois dela não haja simplesmente nada? Eu diria que as respostas são muitas: tememos a morte porque temos medo do nada, desse partir rumo a algo que não conhecemos. E existe em nós um sentimento de rejeição porque não podemos aceitar que tudo o que de belo e de grande foi realizado durante toda uma existência seja eliminado de repente, caia no abismo do nada. Acima de tudo, sentimos que o amor exige eternidade, e não é possível que ele seja destruído pela morte num único instante.
Também temos medo diante da morte porque, quando nos encontramos no final da existência, existe a percepção de que há um juízo sobre as nossas ações, sobre o modo como levamos a vida, especialmente naqueles pontos sombrios que, com habilidade, sabemos retirar ou tentamos retirar da nossa consciência. Eu diria que precisamente o juízo está implícito no cuidado do homem de todos os tempos pelos defuntos, na atenção pelas pessoas que foram significativas para ele e que já não estão junto dele no caminho da vida terrena. Num certo sentido, os gestos de afeto, de amor, que rodeiam o defunto, são uma forma de protegê-lo, na convicção de que não ficarão sem efeito no juízo. Podemos captar isto na maior parte das culturas que caracterizam a história do homem.
Hoje o mundo se tornou, pelo menos aparentemente, muito mais racional, ou melhor, difundiu-se a tendência a pensar que toda realidade deve ser vista com os critérios da ciência experimental, e que também a morte deve ser respondida não a partir da fé, mas de conhecimentos empíricos. Não percebemos direito que, assim, caímos em formas de espiritismo, na pretensão de ter algum contato com o mundo além da morte, quase imaginando uma realidade que seria uma cópia da realidade presente.
Queridos amigos, a solenidade de Todos os Santos e a Comemoração dos Fiéis Defuntos nos dizem que só quem pode reconhecer uma grande esperança na morte pode também viver uma vida a partir da esperança. Se reduzimos o homem exclusivamente à sua dimensão horizontal, àquilo que podemos perceber empiricamente, a própria vida perde o seu sentido profundo. O homem precisa da eternidade, e qualquer outra esperança para ele é breve demais, limitada demais.
O homem pode ser explicado somente se existe um Amor que supera todo isolamento, inclusive o da morte, numa totalidade que transcende também o espaço e o tempo. O homem pode ser explicado, ele encontra o seu sentido mais profundo, só se Deus existe. E nós sabemos que Deus saiu da sua lonjura e se fez próximo, entrou em nossa vida e nos disse: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo morrendo, viverá: e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais” (Jo 11,25-26).
Pensemos um momento na cena do Calvário e voltemos a escutar as palavras de Jesus, do alto da cruz, voltadas ao ladrão crucificado à sua direita: “Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). Pensemos nos dois discípulos a caminho de Emaús, quando, depois de andarem um trecho com Jesus Ressuscitado, eles o reconhecem e partem sem duvidar de volta a Jerusalém, para anunciar a Ressurreição do Senhor (cf. Lc 24,13-35). Voltam à nossa mente as palavras do Mestre com renovada clareza: “Não se perturbe o vosso coração, tende fé em Deus e tende fé em mim. Na casa do meu Pai há muitas moradas. Se não, eu não vos teria dito: 'Vou preparar-vos um lugar’” (Jo 14, 1-2).
Deus se mostrou verdadeiramente, tornou-se acessível, amou tanto o mundo, “que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16); e no supremo ato de amor da cruz, submergindo-se no abismo da morte, venceu-a, ressuscitou e abriu também para nós as portas da eternidade. Cristo nos sustenta por meio da noite da morte que Ele mesmo atravessou; é o Bom Pastor, sob cuja guia podemos nos confiar sem temor, já que Ele conhece bem o caminho, também atravessou a escuridão.
Cada domingo, recitando o Credo, reafirmamos esta verdade. E, ao visitar os cemitérios para rezar com carinho e amor pelos nossos defuntos, somos convidados, mais uma vez, a renovar com coragem e força a nossa fé na vida eterna; e mais ainda: a viver com esta grande esperança e a dar testemunho dela ao mundo: depois do presente, não está o nada. E precisamente a fé na vida eterna dá ao cristão a coragem para amar ainda mais intensamente esta nossa terra e trabalhar para construir-lhe um futuro, para dar-lhe uma esperança verdadeira e segura.

No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:
Queridos irmãos e irmãs:
Hoje a Igreja nos convida a pensar em todos aqueles que nos precederam, tendo concluído o seu caminho terreno. Na comunhão dos Santos, existe um profundo vínculo entre nós que ainda caminhamos nesta terra e a multidão de irmãos e irmãs que já alcançaram a eternidade. Em definitiva, o homem tem necessidade da eternidade; mas por que experimentamos o medo diante da morte? Dentre as várias razões, está o fato de que temos medo do nada, de partir para o desconhecido. Não podemos aceitar que de improviso caia, no abismo do nada, tudo aquilo que de belo e de grande tenhamos feito durante a nossa vida. Sobretudo, sentimos que o amor requer a eternidade, não pode ser destruído pela morte assim num momento. Além disso, assusta-nos a morte, por causa do juízo sobre as nossas ações que a ela se segue. Mas Deus manifestou-Se enviando o seu Filho Unigênito para que todo aquele que acredita não se perca, mas tenha a vida eterna. É consolador saber que existe um Amor que supera a morte, um amor que é o próprio Deus que se fez homem e afirmou: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá» (Jo 11,25).
Saúdo com afeto os peregrinos de língua portuguesa. Exorto-vos a construir a vossa vida aqui na terra trabalhando por um futuro marcado por uma esperança verdadeira e segura, que abra para a vida eterna. Que Deus vos abençoe!
FONTE RCC  BRASIL DIA 18/12/2011



Povo ou massa?

Existem pessoas que acham que são livres, mas na verdade são manipuladas. Vivem uma vida inteira fazendo apenas aquilo que está sendo ditado. A música que ouvem, a roupa que vestem, os valores que defendem. Fãs que seguem seus ídolos. Pessoas assim servem, sem saber, a um mercado muito lucrativo.  A reflexão tem por base documentos da Igreja;  pensamentos dos Papas Pio XII, Paulo VI e João Paulo II; e, também, a Missão assumida pela RCC, descrita em nosso  Planejamento Estratégico. 


“Povo e multidão amorfa, ou como se pode dizer ‘massa’, são dois conceitos diversos”. Disse Pio XII em uma radiomensagem na véspera do Natal de 1944, ao refletir sobre a verdadeira democracia:  “O povo vive e se move com vida própria – A massa é por si mesma inerte, e não pode receber movimento senão de fora. O povo vive da plenitude da vida dos homens que o compõem, cada um dos quais em seu próprio posto e à sua maneira, é pessoa consciente de suas próprias responsabilidades e suas próprias convicções. A massa pelo contrário espera impulso de fora.”

A massa pode ser facilmente manipulada, advertiu o Papa: “Joguete fácil nas mãos de um qualquer que explore seus instintos e impressões, disposta a seguir cada vez uma, hoje esta, amanhã aquela outra bandeira.” E isso é uma ameaça à democracia saudável e equilibrada, exortou:  “A massa, como acabamos de definir, é a inimiga capital da verdadeira democracia e de seu ideal de liberdade e igualdade.”


Massas: é conveniente que elas existam
É impossível não enxergar a existência de grandes multidões que são “joguete fácil” nas mãos de grupos que exploram seus “instintos e impressões”. Uma coisa é fato, o comportamento de massa é lucrativo. É rentável, e muito! Faz parte de uma lógica utilitarista. Nela, o ser humano não passa de um mero consumidor. Então, não convém que as pessoas pensem a respeito de seus comportamentos, porque, para muitos, a alienação é fonte de riquezas.

Se...

Vejamos o que aconteceria se fôssemos realmente questionadores. Se todos decidissem ao mesmo tempo rever suas reais necessidades de consumo? O que seria do mundo da moda, se um número significativo de pessoas interrogasse os padrões que são impostos? O que justifica, por exemplo, que determinado estilo de sapato seja considerado moderno em um ano e nos seguintes seja cafona, brega? Mesmo que esteja em ótimas condições de uso,  as pessoas são “obrigadas” a aposentá-lo sob o risco de serem consideradas ultrapassadas. Quem determina isso? Você já parou para pensar?

O que seria das emissoras de televisão se os telespectadores fossem mais críticos em relação à programação? Será que ainda existiriam novelas, por exemplo, com seus enredos cada vez mais medíocres? Existiriam programas que idiotizam o ser humano? Que não exigem nada de raciocínio? Entretenimento inofensivo, dirão alguns. Será?

Se todos tivessem senso crítico aguçado, haveria aqueles programas que se ocupam de filmar um grupo de pessoas 24 horas por dia? Programas nos quais reina absoluto o narcisismo? O único “mérito” que as pessoas em questão têm é o desejo de aparecer, ganhar dinheiro, fazer fama para depois assinar um bom contrato publicitário, participar de alguma novela, quem sabe...

E os que ficam em casa em frente a suas TVs ou computadores, ainda pagam por isso de forma bem específica e acham que estão interagindo porque podem votar e eliminar pessoas do jogo. E o mais estranho é que essas pessoas, que apenas fizeram expor suas vidas, sua intimidade, se transformam em  celebridades. Tem lógica?

Celebridades: também convém que elas existam
Tem! Mas é uma lógica perversa. Celebridades anunciam produtos, ditam modas e comportamentos. Convém que existam celebridades.  A protagonista da novela sempre está presente em várias campanhas publicitárias. A bela modelo também. Viram ídolos.

Ídolos existem para quê? Para serem adorados! Para serem seguidos por uma multidão de fãs que os idolatram. É bom que eles existam. Eles dão muito lucro. E as pessoas vivem uma falsa relação com eles.  Os ídolos modernos também  têm olhos, mas não  veem seus adoradores; boca, mas não falam com eles, ouvidos mas não os escutam (cf. Salmo 115) . Vã ilusão.  Seus seguidores não sabem que eles são fabricados  por mãos humanas. Artesãos, experientes em lançar pessoas no rentável mercado da fama.

Os ídolos/celebridades vendem bem.  Vendem cremes, carros, shampoos, sonhos; vendem imagens de um mundo ideal, de um corpo ideal. E o desejo do corpo perfeito também vende. Cosméticos, cirurgias, enfim, alimenta uma indústria da vaidade sem limites.

Meios de comunicação de massa
Estamos diante de um problema. E bastante complexo, diga-se. Não temos como definir uma única causa para tudo que apontamos acima.  Mas podemos ver que existe uma poderosa presença dos meios de comunicação nesse fenômeno.

Existe um impacto das comunicações que não pode ser ignorado no comportamento das pessoas. “Eles têm um poderoso influxo no modo de pensar e agir dos indivíduos e comunidades” (Pio XII. Encíclica Miranda Prorsus). Eles “introduzem e refletem novas atitudes e estilos de vida” (Pontifício Conselho Para as Comunicações. Communio et progressio, 22).

Os diferentes meios de comunicação de massa têm o poder de influenciar a opinião pública, ou seja, o que as pessoas pensam a respeito de um assunto. Elas acabam considerando como verdadeiro e justo o que outras pessoas ou grupos que gozam de uma especial autoridade cultural, científica ou moral pensam e dizem (cf. João Paulo II. XX Dia Mundial para as Comunicações Sociais). Os meios acabam sendo essa “autoridade”.

Já que chegamos a este ponto da reflexão é bom esclarecer que a Igreja Católica não tem  um posicionamento hostil aos meios. Pelo contrário, eles chegam a ser considerados “dons divinos”. Porém, a Igreja sabe e avisa que os mesmos podem ser bem ou mal utilizados. Através de diversos documentos, papas e bispos têm se dedicado a mostrar as potencialidades, mas também têm denunciado os casos em que eles são usados de forma deturpada. Criticam o abuso e a violação da dignidade humana e dos valores e ideais cristãos.

Os meios são nocivos quando, desprezando todo e qualquer ensinamento evangélico, ficam a serviço da cultura de morte: Que cultura é essa? Busquemos uma definição no Documento de Aparecida: “Caminhos de morte são os que levam a dilapidar os bens que recebemos de Deus através dos que nos precederam na fé. São caminhos
 que traçam uma cultura  sem Deus e sem seus mandamentos ou inclusive contra Deus, animada pelos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efêmero, a qual termina sendo uma cultura  contra o ser humano...” ( DA, n. 13).

Dilapidam, esbanjam, dissipam, destroçam, desperdiçam. Quantas novelas, programas, músicas, livremente propagados pelos diferentes meios de comunicação que são totalmente alheios aos mandamentos de Deus? Que jogam tudo que há de mais valoroso para a autêntica fé cristã na lata do lixo? Dilapidam?

Situação séria a ponto de, em 1984, por ocasião do XVIII Mundial das Comunicações Sociais, João Paulo II se dirigir aos responsáveis pela operação de meios de comunicação, com um “apelo aflito”, como  ele próprio definiu:

“Operadores da comunicação, não deem uma imagem mutilada do homem, distorcida, fechada aos autênticos valores humanos! Abram espaço para o transcendente, que torna o homem mais homem! Não zombem dos valores religiosos, não os ignorem, não os interpretem conforme esquemas ideológicos! [...] Não corrompam a sociedade e, especialmente, os jovens, com a representação intencional e insistente do mal, da violência, do aviltamento moral, fazendo uma obra de manipulação ideológica, semeando a divisão!"

Fato é que o Evangelho de Jesus Cristo não serve de critério para a produção de  filmes,  novelas, moda, anúncios publicitários. Essas realidades caminham alheias aos valores cristãos. Não levam em conta Deus e muito menos o próximo que é tratado apenas como consumidor em potencial. Quem se importa se pessoas estão sendo manipuladas?

João Paulo II estava muito atento a essa realidade. Chamou os meios de novos areópagos, fazendo referência à experiência de Paulo em Atenas (Cf. At 17, 22-31) e nos convocou a não apenas usar os meios para propagar a mensagem evangélica. A mídia inteira tem que estar impregnada pelo Evangelho: “É necessário integrar a mensagem nesta nova cultura criada pelas modernas comunicações” (Redemptoris Missio, 37).

Sim, os cristãos devem se importar.  Porque seria muito fácil para nós estacionarmos na fase do “ver a realidade” e apenas culpar a mídia ou o mercado.  Não podemos esquecer que não estamos falando de forças ocultas que agem de forma autônoma. É o ser humano que está por trás das decisões que movimentam o mundo da comunicação. E é o ser humano que aceita ou não o que lhe é oferecido.

E aqui temos uma questão inquietante: por que as pessoas acolhem tudo isso? Elas têm consciência? Por que, por exemplo, tempos atrás, de uma hora para outra, o funk virou um tipo de “febre” nacional? E todos começam a dançar do mesmo jeito, aliás, bastante vulgar. Por que as pessoas aderem a esses modismos? Impossível não lembrar  Pio XII, ao falar sobre a massa “disposta a seguir cada vez uma, hoje esta, amanhã aquela outra bandeira”.

E se as pessoas consomem esse tipo de coisa, copiam, reproduzem, é porque também elas não foram tocadas pelos ensinamentos do Evangelho, ou não aderiram de verdade às propostas de Cristo.  A ponto de saberem que nem tudo lhes convém. Missão para os cristãos!

Sim, não basta que critiquemos a mídia ou que chamemos as pessoas de alienadas. Ao apontarmos esses problemas, temos o grande desafio de não nos conformarmos e agirmos. Talvez não tenhamos acesso a profissionais dessa área, mas podemos fazer alguma coisa.

Primeiro, rejeitar todo e qualquer programa ou ideia que contrarie o Evangelho, que atente contra a proposta de santidade que Jesus veio trazer a este mundo. Depois, evangelizando. De verdade. Essa é a proposta. Esse é o compromisso que a Renovação Carismática Católica foi chamada a assumir e deve levar até as últimas consequências: implantar no mundo a Cultura de Pentecostes. Cultura que Jesus veio estabelecer.

É Missão nossa “fazer discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo evangelizando o povo de Deus no Brasil, a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo”. Nós temos acesso às pessoas. Milhares vêm até nós, em nossos Grupos, eventos, ou outras atividades próprias do Movimento.Evangelizar, nos ensina Paulo VI, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade e a partir disso transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade. Ele disse que “não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa”.Trata-se de “chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação” (Evangelii Nuntiandi, 19).
Essa tem que ser nossa meta. E tem mais: Paulo VI exortou-nos a não nos contentarmos com uma evangelização aparente.  ”Importa evangelizar, não de maneira decorativa, como que aplicando um verniz superficial, mas de maneira vital, em profundidade e isto até às suas raízes, a civilização e as culturas do homem” (EN, 20) .
Somente homens novos poderão construir uma humanidade nova.
Lúcia Volcan Zolin
Coordenadora Nacional do Ministério e da Comissão de Comunicação
Grupo de Oração Divina Misericórdia
fONTE RCC BRASIL DIA 18/12/2011

Repouso no Espírito e Renovação Carismática

Na Renovação Carismática, encontram-se várias manifestações do poder do Espírito Santo, que de início espantaram grandemente, mas que são agora mais facilmente admitidas como autênticas; é assim com o dom das línguas, das curas, a Efusão do Espírito, a imposição das mãos.
Mas há um fenômeno sobrenatural menos conhecido, que se torna cada vez mais frequente na Renovação Carismática: é o repouso no Espírito. Depois de um estudo atento sobressai, sem equívoco possível, que esta experiência encontra o seu fundamento na teologia.
Com efeito, o repouso no Espírito reveste-se das características do arrebatamento (que é uma espécie de êxtase) salvo na sua causa imediata, que é o pedido feito a Deus, numa oração apropriada.
Convém lembrar que se encontra uma situação semelhante no Batismo do Espírito. Com efeito, este favor espiritual era normalmente concedido àqueles que faziam progressos notáveis na vida espiritual, enquanto que agora é recebido até pelos pecadores, por vezes de um modo instantâneo, na sequência de uma oração feita por outros para esse fim. É assim, também, para o repouso no Espírito. Outrora, apenas se encontrava (pelo menos na maior parte das vezes) nas pessoas avançadas na vida espiritual; pelo contrário, nos nossos dias, a oração ao Espírito Santo obtém-no até para os pecadores.
Como é um arrebatamento, o repouso no Espírito é da mesma família da ordem extática, mas não arrasta consigo a santificação da pessoa nalguns instantes. Esta experiência mística é destinada a favorecer uma vida cristã mais fervorosa ou uma conversão do coração.
Habitualmente, o arrebatamento verifica-se em pessoas avançadas na vida espiritual, ou, como dizia Santa Teresa d'Ávila, que atingiram as sextas moradas do castelo interior. Não se chega, portanto, de um pulo, ao período do êxtase ou do arrebatamento; em geral este é precedido de uma série de etapas de contemplação infusa, das quais a menos elevada é chamada por Santa Teresa d'Ávila "oração de contemplação".
Lembremo-nos de que há três graus no êxtase:
1) O êxtase simples, quando este se produz lentamente, ou se não é muito forte;
2) O deslumbramento, quando o êxtase é súbito e violento;
3) O voo do espírito, quando, como diz Santa Teresa d'Ávila, "age de tal maneira que o espírito parece verdadeiramente sair do corpo".
Ora, as características do deslumbramento encontram-se no repouso no Espírito, salvo, evidentemente, o grau avançado de vida espiritual. Com efeito, acontece que Deus concede uma tal experiência espiritual a pessoas de virtude vulgar, ou a principiantes na vida espiritual, a fim de os atrair a Si.
O repouso no Espírito resulta, mais frequentemente, da imposição das mãos, ou pelo menos de um toque da mão na cabeça, embora esse gesto não seja sempre necessário. A pessoa começa a vacilar, para finalmente cair devagarinho para trás. Esta queda é causada por uma graça tão poderosa do Espírito Santo que o corpo já não pode suportá-la e, então, as suas forças abandonam-no. Contudo, é preciso esclarecer que a queda não é obrigatória e não condiciona, necessariamente, a recepção da graça. Por outro lado, aqueles que não "caem" são afetados por uma vertigem não desagradável, tremuras ou pernas debilitadas, mas estas manifestações físicas são impregnadas de doçura e de paz. A sensação interior de repouso no Espírito parece existir também nas pessoas que não caem.
Repouso no Espírito e Missão Divina
O repouso no Espírito supõe uma nova efusão do Espírito Santo ou, mais precisamente, como se chama em teologia, uma nova missão deste Espírito Divino. Lembremos que as Missões Divinas, quer dizer, o envio das Pessoas do Filho e do Espírito Santo, podem ser visíveis ou invisíveis. Estas últimas constituem as principais modalidades da ação santificadora da Trindade Santa nas nossas almas.
Quanto ao repouso no Espírito, não é uma nova vinda da Pessoa do Espírito Santo, já recebida no Batismo; pelo contrário, consiste numa nova efusão das suas graças e das suas manifestações. Esta nova efusão do Espírito Santo realiza, então, uma renovação real da relação da pessoa com o Espírito Santo que já a habita e uma experiência de Deus mais íntima, que se abre num conhecimento amoroso mais ardente.
O repouso no Espírito é, portanto, o efeito de uma missão divina, porque comporta o progresso na vida espiritual e porque constitui um novo estado de graça santificante.
Repouso e Batismo no Espírito
O repouso no Espírito resulta, portanto, de uma nova efusão do Espírito Santo, mas de um gênero diferente da que o Batismo no Espírito provoca. Com efeito, a experiência espiritual do repouso no Espírito parece realizar-se, sobretudo, ao nível da inteligência. Pelo contrário, o Batismo no Espírito verifica-se, em especial, ao nível da afetividade.
O repouso no Espírito desenvolve consideravelmente a acuidade intelectual, no sentido em que a atenção é mais levada para a experiência atual da intimidade divina. A consciência é amplificada, mas é desviada das realidades exteriores e é mais centrada na realidade sobrenatural. Por outro lado, os limites pessoais podem, também, tornarem-se mais manifestos. Há, portanto, um engrandecimento da lucidez interior sobre Deus e sobre si próprio.
O repouso no Espírito é um arrebatamento que interrompe o conhecimento que se pode adquirir por si próprio. O Espírito Santo não faz, portanto, um vazio na inteligência, mas suspende temporariamente a sua atividade, fixando-a em Deus. É isto que se chama, em teologia mística, a "ligação das faculdades".
Tudo o que a alma conhece pelas suas próprias forças não é nada, em comparação com os conhecimentos abundantes e rápidos que lhe são comunicados durante os arrebatamentos. O repouso no Espírito é frequentemente acompanhado de luzes especiais e novas, que se dirigem para Deus, para o Cristo, para a sua misericórdia, para o valor da vida cristã, para os pecados, para os defeitos, os insucessos, etc. Estas luzes não acontecem sempre explicitamente durante o repouso no Espírito, mas a sua compreensão desenvolve-se ao longo das horas ou dos dias que se seguem à experiência.
Durante os arrebatamentos e, portanto, durante o repouso no Espírito, Deus revela segredos de ordem sobrenatural; habitualmente, sente-se que a inteligência cresce, que há um aumento das faculdades superiores. Acodem ao espírito ideias profundas, mas é impossível explicá-las com detalhe e com precisão. Isto advém do fato não de que a inteligência estivesse como que adormecida, mas de que foi elevada a verdades que ultrapassam a capacidade do espírito humano.
Enquanto a inteligência conhece uma dilatação prodigiosa, a atividade da imaginação está suspensa durante os períodos culminantes. Quanto mais a luz é forte, mais a alma se sente encandeada, cega. Por outro lado, se ficarmos somente pelas aparências, o repouso no Espírito pode apresentar algumas semelhanças com os estados parapsicológicos, como os estados hipnóticos, histéricos, mediúnicos, magnéticos, letárgicos, cataléticos... Contudo, a semelhança é apenas exterior; apresenta-se somente nos fenómenos corporais, que têm relativamente pouca importância no repouso no Espírito. Quanto à sugestibilidade, pode, por vezes, contribuir para provocar o repouso no Espírito; contudo, não se deve exagerar a sua importância. De qualquer maneira, é impossível que a sugestão, por si própria, possa provocar uma reação tão violenta e tão súbita como o repouso no Espírito.
Repouso no Espírito e incapacidade corporal
O repouso no Espírito traduz-se, habitualmente, por uma incapacidade corporal. A pessoa começa por vacilar, para finalmente cair suavemente para trás; a energia física desvanece-se. A pessoa está como que ofuscada pela intensidade da presença interior do Espírito Santo. Há, então, incapacidade de adaptar o psiquismo e os sentidos a uma experiência espiritual tão intensa.
Em termos técnicos, pode dizer-se que, no decurso do repouso no Espírito, só o "Pneuma" se liberta para se "aquecer" no seio do Pai, enquanto que a "psique" está como que ligada desde que se deu a "invasão" do corpo pelo Espírito Santo. Enquanto a pessoa "repousa" no chão, parece estar num meio-sono, banhada numa grande paz. Terá, por vezes, a impressão de estar como num outro mundo, ou ainda, como do lado de fora do seu corpo. Saboreia uma grande alegria interior, um amor de Deus muito intenso, a que se junta por vezes uma cura física ou interior, ou opera-se uma conversão profunda. O repouso no Espírito dá, frequentemente, forças novas ao corpo e ao espírito, tal como o sono natural regenera as forças corporais. O repouso no Espírito é uma inibição reparadora.
Quanto à duração, vai de alguns segundos até algumas horas. Quanto mais tempo dura, mais a influência divina é susceptível de ser profunda. A maior parte das pessoas deseja não ser incomodada, a fim de saborear esta presença invulgar de Deus.
Como recebê-lo
De uma maneira geral, pode dizer-se que uma pessoa que está habitualmente aberta às inspirações do Espírito Santo, esteja ou não avançada na vida espiritual, está mais disposta ao repouso no Espírito. Pode notar-se, contudo, uma diferença: é que a pessoa avançada continuará tranquila e sossegada, enquanto que a outra estará sujeita à emoção.
Se o repouso no Espírito não se produz, a pessoa poderá, até mesmo, ser santa e habituada à influência do Espírito. De qualquer maneira, é preciso evitar fazer um julgamento geral sobre as pessoas que recebem o repouso no Espírito e as que não recebem. Mas, em poucas palavras, pode dizer-se que apenas não se recebe o repouso no Espírito porque se resiste, recusando-o, ou então porque se está habituado à ação do Espírito em si próprio.
Por outro lado, o repouso no Espírito sobrevém, a maior parte das vezes, na oração. Pode tratar-se de um grupo de pessoas, mais ou menos considerável, reunido para uma oração comum, seja litúrgica, seja carismática; mas uma ocasião muito favorável é a celebração eucarística, especialmente depois da santa comunhão. Quanto mais a atmosfera está impregnada de oração, mais o repouso no Espírito se manifesta, por vezes mesmo sem as que as pessoas sejam tocadas por outras. A oração de louvor é uma causa particularmente eficaz do repouso no Espírito. Este repouso também se produz, muitas vezes, a seguir a um ministério de pregação, confinante a orações de cura. Convém assegurar um clima tranquilo na assembleia e evitar a exaltação da assistência e toda a procura de espetáculo.

Pe. O. Melançon, CSC
Fonte RCC BRASIL
A armadura de Deus: Orar no Espírito  Dia 
18/12/2011

Como estudamos na Carta de São Paulo aos Efésios e especificamente no capítulo 6,10-18, somos guiados e instruídos por alguns conselhos espirituais para que possamos resistir aos ataques do inimigo que procura destruir as almas eternas de todos os homens e mulheres. São Paulo, nesta passagem clara e sucinta das Sagradas Escrituras, que chegou até nós através dos tempos, apresenta um ensinamento claro e eficaz ao qual devemos aderir. Lembrando-nos de que devemos, em primeiro lugar, buscar nossa força no Senhor e em seu poder (EF 6,10), São Paulo passa a relacionar as peças da armadura que um soldado romano usava para defender-se e também para atacar o inimigo, e os usa simbolicamente para nos ensinar como devemos usar a armadura espiritual que Deus nos deu para nos defender e derrotar o inimigo.
São Paulo então conclui com uma exortação à oração: “Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”. Através do derramamento do Espírito Santo em Pentecostes e da promessa de que “A promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus” (Atos 2,39), podemos fortalecer-nos no Espírito Santo e usar os dons que Ele deu à Igreja, especialmente o dom da oração em línguas, como um meio para combater os ataques de Satanás e seus demônios, dos principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso” (Ef 6,12).
A oração é uma arma poderosa em nosso arsenal espiritual, mantendo-nos firmemente enraizados na única fonte de poder disponível para nós, ou seja, Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo, nosso Salvador e Redentor; Aquele que derrotou Satanás e todos os seus domínios. Assim, São Paulo nos exorta a usar orações e petições de todo tipo.
Comecemos com este dom surpreendente de oração que flui para nós através da ação do Espírito Santo — o dom da oração no Espírito. Nele, ignoramos nossa própria inteligência e conhecimento, entrando em uma profunda união com o coração e a mente de Deus. Nesta forma de oração, estamos literalmente tocando na perfeição da oração que fortalece e edifica a alma daquele que está rezando. “Aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo”. (1 Cor 14,4)
Todos nós, às vezes, sentimos dificuldade em orar. Nossa linguagem e intelecto humanos falham em expressar o gemido de nossas almas, especialmente em tempos de grande provação, dor, sofrimento ou ataques espirituais. O inimigo, procura confundir a alma para semear sementes de dúvida e até de desespero. Rapidamente ficamos sem palavras em nosso próprio idioma, mas ao usar o carisma de línguas, a alma abandona-se ao coração de Deus e o próprio Senhor forma os gemidos que saem de nossa boca como se fosse uma linguagem oculta expressando Sua oração mais perfeita nas situações que enfrentamos.
São Paulo nos exorta a “rezar constantemente”, a perseverar na oração. Mais uma vez, em nossa condição humana, desistimos facilmente de orar, muitas vezes orando no Espírito por apenas alguns minutos ou até menos, alguns poucos segundos.
Muitos de nós só usamos este carisma quando estamos em uma reunião de oração pública, raramente usando-o, se usamos, em nossa oração pessoal ou ao longo do dia. Deus nos deu esse dom, não apenas para nossa edificação pessoal, mas também como um meio de intercessão.
Deus, que conhece cada necessidade, nos convida a participar na obra da salvação. Perante as necessidades esmagadoras do mundo, seríamos esmagados pela enormidade da batalha que está ocorrendo à nossa volta.
No entanto, usando este dom de línguas, nossa oração no Espírito transcende o natural e une-se ao Deus Todo-Poderoso e Seu desejo pelo mundo.
Portanto, cultivemos novamente este dom de línguas, rezando no Espírito durante o dia, mantendo-nos sempre em união com o Espírito Santo e Sua obra de construir o corpo de Cristo, a Igreja.
Cada vez mais, até mesmo dentro da Renovação Carismática Católica, o uso dos carismas tem diminuído em algumas áreas ao ponto de não ouvir-se mais a manifestação do dom de línguas. Seria uma tragédia se, mais uma vez, permitíssemos que estes dons morressem na vida da Igreja. Eles nunca serão totalmente extintos, mas o Espírito Santo tem sido derramado sobre nós nesta grande renovação que tem se espalhado no mundo e que nos foi dada por Deus, especificamente para estes tempos graves e perigosos em que vivemos.
Não devemos considerá-los sem seriedade ou colocá-los de lado, como se fossem supérfluos, em nossos relacionamentos com Deus. Até São Timóteo foi chamado a “reavivar a chama do Dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2 Tim 1, 6). Nós também devemos reavivar a chama do dom de Deus, em um zelo e desejo ardente para que os dons de Deus sejam renovados em nós a fim de podermos cumprir os planos de Deus para nós e para Sua Igreja nesta era.
Alguns considerariam o dom de línguas como o menor entre os dons, mas São Paulo deseja que todos falemos em línguas (1Cor 14,5).
Ele afirma: “Graças a Deus que possuo o dom de línguas superior a todos vós” (1 Cor 14,18).
Se permitimos que este dom tenha diminuído em nossa vida de oração pessoal, arrependamo-nos e manifestemos este dom diariamente, usando-o como uma arma poderosa contra as táticas do inimigo.
Para aqueles que nunca usaram este dom ou sentem que Deus não lhes deus este dom, você poderia perguntar: “Como receber este dom da oração?” Basta pedir, conforme Cristo nos instruiu em Lucas 11,10-13.
Coloque seu coração nos dons espirituais, como Paulo nos instrui em 1 Cor 14,1. Lembre-se que, para a manifestação deste carisma, devemos fazer a parte natural e Deus faz o sobrenatural. Para orar no Espírito, temos que abrir nossas bocas e formar sons usando nossas cordas vocais.
O Espírito Santo formará então estes sons em línguas desconhecidas e conhecidas, formando uma oração perfeita à medida que colocamos nossa total confiança em Deus.
Um exemplo de Deus usando o natural sobrenaturalmente pode ser visto quando Pedro caminha sobre as águas. Jesus convida Pedro a ir até Ele sobre as águas. Pedro fisicamente sai da barca e caminha naturalmente. Cristo faz o sobrenatural, mantendo Pedro na superfície. Somente quando Pedro desvia seu olhar de Cristo é que ele começa a afundar.
Da mesma forma, nós também devemos manter nossos olhos em Jesus, formando os sons e permitindo que o Espírito Santo faça o sobrenatural.
São Paulo fala que devemos rezar usando orações e petições de todo o tipo. Concentramo-nos inicialmente no carisma de orar no Espírito. Isto não nega, absolutamente, as muitas outras formas de oração que Deus nos deu para lutar contra a ação do inimigo. A oração formal usada com atenção nós dá palavras em uma linguagem compreensível para nos ajudar a concentrar nossos pensamentos enquanto oramos.
A oração mais perfeita é o Pai Nosso, que nos dado pelo próprio Cristo Jesus em resposta a um pedido do Apóstolo: “Senhor, ensina-nos a rezar”.
O Pai Nosso inclui uma oração de libertação e proteção contra o inimigo. Satanás despreza essa oração, portanto, use-a com freqüência, pronunciando cada palavra e frase com atenção.
Naturalmente, dentro do Rosário, o Pai-Nosso precede cada dezena e Maria, que é a inimiga de Satanás, (Gen 3,15), consistentemente tem exortado seus filhos a usar o Rosário como uma arma poderosa nessa guerra espiritual. Em minha própria vida, nos momentos de grande tensão e crise, tenho me voltado para Maria, rezando o Rosário a fim de trazer paz e confiança para minha alma.
Até mesmo o ato físico, de passar conta por conta no terço, restaura a calma em nosso corpo, alma e espírito.
A Eucaristia é a fonte e o ápice da vida Cristã; a mais alta forma de oração que nos auxilia diariamente a nos mantermos fiéis e assim poder enfrentar cada ataque em nossas vidas. Jesus está verdadeiramente conosco no Corpo, Sangue, alma e Divindade. A Eucaristia é verdadeiramente um vislumbre do céu aqui na terra (Ecclesia de Eucharistia, 19). A Missa e comunhão diárias são a própria fonte de nosso pão de cada dia, o corpo de Cristo. Podemos diariamente nos aproximar de Jesus, presente no Tabernáculo ou exposto no Santíssimo Sacramento, usando a oração no Espírito para nos unir a Cristo.
Existem muitas outras orações que podemos usar nesta batalha espiritual aproveitando a riqueza da nossa herança católica: A oração para São Miguel, Lembrai-vos (Memorate), Via Sacra, Ladainhas especialmente ao Sagrado Coração de Jesus.
Deus, em seu amor por nós, equipou-nos para esta hora e lugar. Nós, assim como aqueles que vieram antes de nós, devemos continuar a lutar esta guerra pelas almas da humanidade até que Cristo retorne em glória.
Perseveremos até o final, como São Paulo fez e nos deu o exemplo: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. (1 Cor 11,1)

FONTE RCC BRASIL


Segue ondas de radio que estarei domingo.
 
Segue abaixo.
 
 
Williams Santos
 
Coordenador Min. Pregação
 
Setor M (Cabo de Stº Agostinho)
 
E-mail: setorm.pregacao@bol.com.br
 
 
 
 
 
 
Mensagem original
De: Ir.franciscano kleber antonio < ir.kleber_antonio@yahoo.com.br >
Para: willsportw@hotmail.com < willsportw@hotmail.com >,setorm.pregacao@bol.com.br < setorm.pregacao@bol.com.br >
Assunto: Programa Bote Fé Recife nas Ondas do Rádio e da Web.
Enviada: 06/12/2011 16:41
 
Caríssimo Irmão amigo; Segue Informações.
 
Você irá participar do programa de Domingo dia 11/12/2012
 
Programa Bote Fé Recife nas Ondas do Rádio e da Web.
 
Preparação para Acolhida da Cruz Peregrina e Ícone de Nossa
Senhora Jornada Mundial da Juventude - Brasil - Rio 2013
 
Marco Zero-Recife 16 de Janeiro de 2012 
 
 
Enquete do domingo ; na Quinta feira lhe
 envio ? 
 
Programação; 
 
Orações , Partilha da Palavra, Músicas, Entrevistas, Sorteios, divulgação de Pré Eventos Bote Fé Recife e Participação do Ouvinte.
 
 
Sábados
20:00h às 22:00h
Domingos 
20:00h às 21:00h
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