quarta-feira, 1 de outubro de 2014

DIA 1º DE OUTUBRO - QUARTA-FEIRA

SANTA TERESINHA
VIRGEM E DOUTORA 
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DAS VIRGENS – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima dos seus ombros a levou. E só ele, o Senhor, foi o seu guia (Dt 32,10ss).
Oração do dia
Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jó 9,1-12.14-16)
Leitura do livro de Jó.
9 1 Jó tomou a palavra nestes termos:
2 “Sim; bem sei que é assim; como poderia o homem ter razão contra Deus?
3 Se quisesse disputar com ele, não lhe responderia uma vez entre mil.
4 Deus é sábio em seu coração e poderoso, quem pode afrontá-lo impunemente?
5 Ele transporta os montes sem que estes percebam, ele os desmorona em sua cólera.
6 Sacode a terra em sua base, e suas colunas são abaladas.
7 Dá uma ordem ao sol que não se levante, põe um selo nas estrelas.
8 Ele sozinho formou a extensão dos céus, e caminha sobre as alturas do mar.
9 Ele criou a Grande Ursa, Órion, as Plêiades, e as câmaras austrais.
10 Fez maravilhas insondáveis, prodígios incalculáveis.
11 Ele passa despercebido perto de mim, toca levemente em mim sem que eu tenha percebido.
12 Quem poderá impedi-lo de arrebatar uma presa? Quem lhe dirá: ‘Por que fazes isso?’
14 Quem sou eu para replicar-lhe, para escolher argumentos contra ele?
15 Ainda que eu tivesse razão, não responderia; pediria clemência a meu juiz.
16 Se eu o chamasse, e ele não me respondesse, não acreditaria que tivesse ouvido a minha voz”.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 87/88
Chegue a minha oração até a vossa presença! 

Clamo a vós, ó Senhor, sem cessar, todo o dia,
Minhas mãos para vós se levantam em prece.
Para os mortos, acaso, faríeis milagres?
Poderiam as sombras erguer-se e louvar-vos?

No sepulcro haverá quem vos cante o amor
E proclame entre os mortos a vossa verdade?
Vossas obras serão conhecidas nas trevas,
Vossa graça, no reino onde tudo se esquece?

Quanto a mim, ó Senhor, clamo a vós na aflição,
Minha prece se eleva até vós desde a aurora.
Por que vós, ó Senhor, rejeitais a minha alma?
E por que escondeis vossa face de mim?
Evangelho (Lucas 9,57-62)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu tudo considero como perda e como lixo a fim de eu ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3,8s)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 57 enquanto caminhavam, um homem disse a Jesus: “Senhor, seguir-te-ei para onde quer que vás”.
58 Jesus replicou-lhe: “As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.
59 A outro disse: “Segue-me”. Mas ele pediu: “Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai”.
60 Mas Jesus disse-lhe: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus”.
61 Um outro ainda lhe falou: “Senhor, seguir-te-ei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa”.
62 Mas Jesus disse-lhe: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A RADICALIDADE DO SEGUIMENTO 
Cada uma das três cenas de encontro de Jesus com pessoas chamadas a segui-lo, ilustra a radicalidade do seguimento. É preciso uma grande dose de despojamento para dar o passo. Sem isto, essa experiência ficaria sem feito, já nos seus inícios.
A primeira cena aponta para o destino de pobreza e insegurança a que estão fadados os seguidores de Jesus. Ele mesmo sabia-se desprovido de segurança oferecida por uma estrutura familiar, ou qualquer outra. Não podia contar com nada que lhe pudesse oferecer estabilidade. Sua existência era realmente precária, sob o ponto de vista material. Estava sempre na dependência da generosidade alheia.
A segunda cena, sem pretender pôr em discussão as obrigações próprias da piedade filial, indica estar o discípulo a serviço do Reino da vida. É inútil preocupar-se com a morte física, pois esta é vista na perspectiva da ressurreição. Assim, não é falta de piedade, no caso do discípulo em missão, estar ausente por ocasião do enterro do próprio pai. A certeza da ressurreição permite-lhe manter-se em comunhão com o ente querido, para além da morte física.
A terceira cena mostra como o chamado do Reino não suporta delongas. Nada de despedidas demoradas, adiamentos sem fim, desculpas sucessivas. Ao ser chamado, o discípulo deve estar disposto a romper com o passado e lançar-se, de cheio, no serviço do Reino.

Oração
Espírito de determinação, que as preocupações desta vida jamais me impeçam de ser decidido em entregar-me à missão que o Senhor me confiou.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao proclamarmos as vossas maravilhas em santa Teresinha. Assim como vos agradou por seus méritos, também vos agrade o nosso culto. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Se não vos converterdes e não vos tornardes semelhantes às crianças, não entrareis no reino do céu, diz o Senhor (Mt 18,3).
Depois da comunhão
Ó Deus, fazei que o sacramento que recebemos acenda em nós aquela caridade que levou santa Teresinha a abandonar-se inteiramente a vós e a implorar vossa misericórdia para com todos. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTA TERESINHA)
A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade. No lugar do medo do "Deus duro e vingador", ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros "Infância espiritual" e "História de uma alma", editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.

Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha desde a mais tenra idade.

Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo papa Leão XIII.

Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir... Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.

Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como "padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier". Esta "grande santa dos tempos modernos" foi proclamada doutora da Igreja pelo papa

Nenhum comentário:

Postar um comentário