segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014



DIA 17 DE FEVEREIRO - SEGUNDA-FEIRA

VI SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que me salva. Sois minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso nome, vós me conduzis e alimentais (Sl 30,3s).
Oração do dia
Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tiago 1,1-11)
Leitura da carta de são Tiago.
1 1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos da dispersão, saúde!
2 Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações,
3 sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência.
4 Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma.
5 Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus - que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação - e ser-lhe-á dada.
6 Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação, porque o homem que vacila assemelha-se à onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro.
7 Não pense, portanto, tal homem que alcançará alguma coisa do Senhor,
8 pois é um homem irresoluto, inconstante em todo o seu proceder.
9 Mas que os irmãos humildes se gloriem de sua elevação;
10 os ricos, pelo contrário, de sua humilhação, porque passarão como a flor dos campos.
11 Desponta o sol com ardor, seca a erva, cai sua flor e perde a beleza do seu aspecto. Assim murcha também o rico em suas empresas.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 118/119
Venha a mim o vosso amor e viverei. 

Antes de ser por vós provado, eu me perdera;
mas agora sigo firme em vossa lei!

Porque sois bom e realizais somente o bem,
ensinai-me a fazer vossa vontade!

Para mim foi muito bom ser humilhado,
porque assim eu aprendi vossa vontade!

A lei de vossa boca, para mim,
vale mais do que milhões em ouro e prata.

Sei que os vossos julgamentos são corretos,
e com justiça me provastes, ó Senhor!

Vosso amor seja um consolo para mim,
conforme a vosso servo prometestes.
Evangelho (Marcos 8,11-13)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jô 14,6). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
8 11 Vieram os fariseus e puseram-se a disputar com Jesus e pediram-lhe um sinal do céu, para pô-lo à prova.
12 Jesus, porém, suspirando no seu coração, disse: “Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: jamais lhe será dado um sinal”.
13 Deixou-os e seguiu de barca para a outra margem.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O PEDIDO RECUSADOJesus recusou-se terminantemente a fazer exibição de seu poder taumatúrgico, para satisfazer a curiosidade alheia ou para provar, a quem se recusava aceitá-lo, sua condição messiânica. Os fariseus tentaram, sem sucesso, arrancar um milagre de Jesus nestas condições. Jesus não caiu nesta armadilha.
São vários os motivos da recusa de Jesus. Os milagres não têm, por si mesmos, o poder de convencer ninguém e levá-lo à fé. Fazer um milagre diante dos fariseus seria perda de tempo e poderia ter o efeito de fazê-los odiar Jesus ainda mais. Os milagres pressupõem a fé e os fariseus representavam uma categoria de pessoas refratárias a Jesus e incapazes de perceber o verdadeiro significado de seu gesto. Os milagres têm como objetivo levar a salvação do Reino a quem é privado de sua saúde ou tem a vida ameaçada. Esse não era o caso dos fariseus que não estavam dispostos a abrir mão de seus preconceitos contra Jesus.
Recusando atender o pedido dos fariseus, Jesus manifestou uma atitude de firmeza diante da tentação de um messianismo espetacular e exibicionista que mantém as pessoas cativas de seu egoísmo, sem sensibilizá-las para o amor e a misericórdia. Igualmente, a tentação de um messianismo humanamente gratificante, pelo sucesso e pelos aplausos. Jesus estava certo de que isto não correspondia ao querer do Pai.

OraçãoSenhor Jesus, que eu jamais caia na tentação do exibicionismo e da busca do reconhecimento humano fácil, pois não é este o caminho do Pai.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Eles comeram e beberam à vontade; o Senhor satisfizera os seus desejos (Sl 77,29s)
Antífona da comunhão: Eles comeram e beberam à vontade; o Senhor satisfizera os seus desejos (Sl 77,29s)
Depois da comunhão
Ó Deus, que nos fizestes provar as alegrias do céu, dai-nos desejar sempre o alimento que nos traz a verdadeira vida. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

FUNDADORES DOS SERVITAS
ALEIXO FALCONIERI

Oração do dia: Inspira-nos, ó Deus, a profunda piedade dos fundadores dos Servitas, que se distinguiram pela devoção à virgem Maria e a vós conduziram o vosso povo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Ó Deus de bondade, que, destruindo o velho homem, criastes nos sete santos fundadores dos Servitas homens novos segundo a vossa imagem, daí que posamos, igualmente renovados, oferecer este sacrifício de reparação. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Fortificados por este sacramento, nos vos pedimos, ó Deus todo-poderoso, que aprendamos com os sete santos fundadores dos Servitas a buscar-vos sempre e acima de tudo e a viver, neste mundo, a vida nova do cristão. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (FUNDADORES DOS SERVITAS):
Aleixo nasceu em 1200 na cidade de Florença, Itália. Era filho de Bernardo Falconieri, um príncipe mercante florentino, e um dos líderes daquela república. A cidade vivia em luta. Brigavam pelo poder duas famílias poderosas: os Guelfi e os Ghibelini. A família Falconieri pertencia ao partido dominante dos Guelfi. Nesta época, Aleixo era um jovem comerciante influente, nobre, rico, inteligente e alegre, que resolveu crescer acima deste mundo material. Ele tinha uma conduta cristã exemplar, era muito piedoso e devoto da Virgem Maria. Junto com seis amigos, ligados por uma estreita amizade fraterna, formaram um grupo que se encontrava para rezar e cantar "laudas" para Maria. No dia 15 de agosto de 1233, os sete: Bonfiglio, Bonaiuto, Amadio, Ugocio, Sostenio, Manejo e Aleixo, estavam reunidos rezando diante da imagem da Virgem quando ela se mexeu. Depois, na volta para casa Nossa Senhora apareceu vestida de luto chorando e, disse que a causa de sua tristeza era a longa guerra civil daquela cidade. Decidiram abandoar tudo e fundaram a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas, em monte Senário, perto da cidade. Vestiram-se de preto em reverência à Virgem de luto e adotaram a Regra de Santo Agostinho. A ordem foi aceita pelo Vaticano e os fundadores foram consagrados sacerdotes, menos Aleixo que se recusou a vestir o hábito. Aleixo possuía uma humildade infinita. Na gruta em que vivia no monte Senário, tinha momentos de profunda comunhão espiritual com a Virgem Maria e seu Filho Redentor. Saia do seu retiro apenas para pedir e mendigar a caridade para os necessitados e para rezar na pequena capela de Nossa Senhora situada na beira da estrada. Sua vida foi austera e sincera de eremita penitente. As roupas eram as mais pobres, o leito era de tábuas ásperas e sem cobertores. Comia pouquíssimo, permanecendo em constante oração. Assim era o sincero e humilde irmão Aleixo, que mesmo vivendo mais de cem anos, nunca se sentiu digno o suficiente para representar o Pai Eterno através da ordenação sacerdotal. Aleixo era responsável pelo setor financeiro e administrativo das várias casas da ordem que surgiram na Itália, tendo vivido em todas elas. Em 1252, a igreja nova em Cafagio, nos arredores de Florença, foi terminada sob seu cuidado, e totalmente financiada pelas famílias dos Guelfi e os Ghibelini. Ele transformou aquela pequena igreja em que ia rezar à beira da estrada, numa grande igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores, dando origem ao seu culto que se propagou entre os cristãos do mundo inteiro. Foi diretor espiritual de muitos vultos do clero, que se tornaram santos, como sua sobrinha: Santa Juliana Falconieri. Em 1304, quando a Santa Sé aprovou oficialmente a "Ordem dos Servidores de Maria" apenas Aleixo ainda estava vivo. A tradição diz que antes de morrer ele ficou rodeado de anjos e recebeu a visita de Cristo, na figura de menino, que lhe oferecia uma coroa de ouro. Com cento e dez anos, ele morreu sereno no dia 17 de fevereiro de 1310 em monte Senário. Ele foi beatificado oito anos antes que os outros seis fundadores. Em 1888, todos foram canonizados juntos, para assim serem cultuados no dia da morte de Santo Aleixo Falconieri.

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