terça-feira, 1 de outubro de 2013

Liturgia Diária

DIA 1º DE OUTUBRO - TERÇA-FEIRA

SANTA TERESINHA
VIRGEM E DOUTORA 
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DAS VIRGENS – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima dos seus ombros a levou. E só ele, o Senhor, foi o seu guia (Dt 32,10ss).
Oração do dia
Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Zacarias 8,20-23)
Leitura da profecia de Zacarias.
8 20 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: "virão ainda muitos povos e habitantes de grandes cidades:
21 os habitantes de uma cidade convidarão os habitantes de outra, dizendo: ‘Vamos e roguemos ao Senhor! Busquemos o Senhor dos exércitos! - Também eu irei’. -
22 Virão muitos povos e poderosas nações buscar o Senhor dos exércitos em Jerusalém, e implorar a face do Senhor".
23 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: "naquele dia dez homens de todas as línguas das nações tomarão um judeu pela orla de seu manto, e dirão: ‘queremos ir convosco, porque soubemos que Deus está convosco’".
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 86/87
Nós temos ouvido que Deus está convosco.

O Senhor ama a cidade
que fundou no Monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da Cidade do Senhor.

Lembro o Egito e Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou no país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.

Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Evangelho (Lucas 9,51-56)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o Filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 51 Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, ele resolveu dirigir-se a Jerusalém.
52 Enviou diante de si mensageiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada.
53 Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém.
54 Vendo isto, Tiago e João disseram: "Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma?"
55 Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente.
56 "O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las". Foram então para outra povoação.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O FANATISMO CONDENADO
As divergências entre judeus e samaritanos eram bem conhecidas, no tempo de Jesus. Por razões históricas, eles se tinham na conta de inimigos, recusando-se a se reconciliar. Atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém, era sempre perigoso. Podia-se contar, com certeza, com a hostilidade dos samaritanos.
Mesmo assim, Jesus tomou a decisão de atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém. E, mais, seus discípulos entraram num povoado samaritano, pedindo hospedagem para o Mestre. A rejeição foi imediata. Os samaritanos recusaram-se a dar-lhes acolhida, pois souberam que estavam a caminho de Jerusalém.
Tiago e João, apelidados de "filhos do Trovão", desafogam seu fanatismo, pedindo que o Mestre destrua os inóspitos samaritanos, com fogo enviado do céu. A intolerância desses dois discípulos era sintoma de seus ideais messiânicos, feitos de gestos espetaculares, nos moldes dos antigos profetas. O profeta Elias, por exemplo, havia destruído com o fogo do céu os emissários do rei, enviados para prendê-lo. Coisa semelhante desejavam ver Tiago e João!
O pedido dos discípulos foi rechaçado por parte Jesus. Antes, eles foram severamente repreendidos, por sua dureza de coração. Seu fanatismo era fruto da incompreensão do projeto do Mestre. A rejeição dos samaritanos era insignificante diante da que ele haveria de padecer em Jerusalém

Oração

Espírito de tolerância, ajuda-me a ser compreensivo e paciente nas experiências de fracasso, sem nutrir desejos de ódio e de vingança.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao proclamarmos as vossas maravilhas em santa Teresinha. Assim como vos agradou por seus méritos, também vos agrade o nosso culto. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Se não vos converterdes e não vos tornardes semelhantes às crianças, não entrareis no reino do céu, diz o Senhor (Mt 18,3).
Depois da comunhão
Ó Deus, fazei que o sacramento que recebemos acenda em nós aquela caridade que levou santa Teresinha a abandonar-se inteiramente a vós e a implorar vossa misericórdia para com todos. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTA TERESINHA)
A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade. No lugar do medo do "Deus duro e vingador", ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros "Infância espiritual" e "História de uma alma", editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.

Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha desde a mais tenra idade.

Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo papa Leão XIII.

Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir... Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.

Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como "padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier". Esta "grande santa dos tempos modernos" foi proclamada doutora da Igreja pelo papa João Paulo II em 1997.

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