quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Liturgia Diária

DIA 19 DE SETEMBRO - QUINTA-FEIRA

XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros (Eco 36,18).
Oração do dia
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Timóteo 4,12-16)
Leitura da primeira carta de são Paulo a Timóteo.
4 12 Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade.
13 Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino.
14 Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos.
15 Põe nisto toda a diligência e empenho, de tal modo que se torne manifesto a todos o teu aproveitamento.
16 Olha por ti e pela instrução dos outros. E persevera nestas coisas. Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 110/111
Grandiosas são as obras do Senhor! 
Suas obras são verdade e são justiça,
seus preceitos, todos eles, são estáveis,
confirmados para sempre e pelos séculos,
realizados na verdade e retidão.

Enviou libertação para o seu povo,
confirmou sua aliança para sempre.
Seu nome é santo e é digno de respeito.

Temer a Deus é o princípio do saber,
e é sábio todo aquele que o pratica.
Permaneça eternamente o seu louvor.
Evangelho (Lucas 7,36-50)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 36 Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa.
37 Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume;
38 e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume.
39 Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: “Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora”.
40 Então Jesus lhe disse: “Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre”, disse ele.
41 “Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta.
42 Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?”
43 Simão respondeu: “A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou”. Jesus replicou-lhe: “Julgaste bem”.
44 E voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos.
45 Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés.
46 Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés.
47 Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama”.
48 E disse a ela: “Perdoados te são os pecados”.
49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: “Quem é este homem que até perdoa pecados?”
50 Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: “Tua fé te salvou; vai em paz”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UM GESTO DE AMOR 
Embora vivendo numa sociedade cheia de preconceitos, Jesus não se deixava levar por eles. Sua ação norteava-se pelas exigências do Reino; sua liberdade não dependia da opinião alheia. Por isso, não deixava de fazer o bem, quando necessário, mesmo correndo o risco de ser mal interpretado.
O fariseu, que convidara Jesus para uma refeição, tinha uma série de preconceitos. Olhava para as mulheres com desprezo. No caso das prostitutas, este desprezo transformava-se em verdadeiro asco e repúdio. Na sua opinião, os mestres deveriam guardar distância dessas mulheres e não se deixar tocar por elas. Também esse fariseu confundia ser profeta com ser capaz de conhecer as intenções dos outros.
Embora fosse o convidado, Jesus censurou seu anfitrião. Este observou, com malícia, o gesto amoroso de uma pecadora da cidade que entrara em sua casa, pondo-se a banhar os pés do Mestre com suas lágrimas, a enxugá-los com seus cabelos e a cobri-los de perfume. Para Jesus isto era uma manifestação de amor, para o fariseu, não passava de um gesto sensual. Além disso, a ação da mulher substituíra a falta de delicadeza do fariseu, que não realizou os gestos de praxe, quando da chegada de um hóspede. Enfim, aquela mulher, apesar de pecadora, tinha mais nobreza do que o anfitrião mal-educado e preconceituoso.

Oração

Senhor Jesus, tira de mim toda malícia e todo preconceito que me levam a interpretar, de forma equivocada, o que é gesto de amor.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas e acolhei com bondade as oferendas dos vossos servos e servas, para que aproveite à salvação de todos o que cada um trouxe em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Quão preciosa é, Senhor, vossa graça! Eis que os filhos dos homens se abrigam sob a sombra das asas de Deus (Sl 35,18).
Depois da comunhão
Ó Deus, que a ação da vossa eucaristia penetre todo o nosso ser para que não sejamos movidos por nossos impulsos, mas pela graça do vosso sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO JANUÁRIO
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que nos concedeis celebrar a memória do vosso mártir são Januário, dai que nos alegremos com ele na eterna bem-aventurança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Santificai, ó Deus, com a vossa bênção, as nossas oferendas e acendei em nós o fogo do vosso amor, que levou são Januário a vencer os tormentos do martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Ó Deus, que estes sagrados mistérios nos concedam a fortaleza de ânimo que levou vosso mártir são Januário a vos servir fielmente e a vencer o martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JANUÁRIO):
A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, na ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última vez foi em 1988. O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar. Por isso o povo de Nápoles e todos os católicos devotam enorme veneração por são Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, confunde-se com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão. Na verdade, ela se torna a própria história deste santo que, segundo os atos do Vaticano, era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua cidade natal. Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte. No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305. Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica. São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V em 1586.

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