quarta-feira, 10 de julho de 2013

Liturgia Diária

DIA 10 DE JULHO - QUARTA-FEIRA

XIV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Gênesis 41,55-57; 42,5-7.17-24)
Leitura do livro do Gênesis.
Naqueles dias, 41 55 houve fome também no Egito, e o povo clamou ao faraó pedindo pão. Este disse a todos os egípcios: “Ide a José, e fazei o que ele vos disser.”
56 Como a fome assolasse toda a terra, José abriu todos os celeiros e vendeu víveres aos egípcios. Mas a penúria cresceu no Egito.
57 E de toda a terra vinha-se ao Egito comprar trigo a José, porque a fome era violenta em toda a terra.
5 Os filhos de Israel chegaram, pois, no meio de uma multidão de outros para comprar víveres, porque a fome reinava na terra de Canaã.
6 José era o governador de toda a região, e era ele quem vendia o trigo a todo o mundo. Desde sua chegada, os irmãos de José prostraram-se diante dele com o rosto por terra.
7 José reconheceu-os imediatamente, mas, comportando-se com eles como um estrangeiro, disse-lhes com rudeza: “Donde vindes?” “Da terra de Canaã, responderam eles, para comprar víveres.”
17 E mandou metê-los numa prisão durante três dias.
18 No terceiro dia, José disse-lhes: “Fazei isto, e vivereis, porque sou cheio do temor a Deus.
19 Se sois gente de bem, que um dentre vós fique detido em prisão; e os outros partam levando o trigo para alimentar vossas famílias.
20 Trazei-me então vosso irmão mais novo, para que eu possa verificar a verdade de vossas palavras, e não morrereis.” Foi o que fizeram.
21 Disseram uns aos outros: “Em verdade, expiamos o crime cometido contra o nosso irmão, porque víamos a angústia de sua alma quando ele nos suplicava, e não o escutamos! Eis por que veio sobre nós esta desgraça!”
22 “Não vos tinha eu dito, disse-lhes Rubem, para não pecardes contra o menino? Não quisestes ouvir-me, e eis agora que nos é reclamado o seu sangue!”
23 Ora, não sabiam que José os compreendia, porque lhes tinha falado por meio de um intérprete.
24 E José afastou-se deles para chorar. Voltou em seguida e falou-lhes; e escolheu Simeão, ao qual mandou prender na presença deles.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 32/33
Sobre nós, venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!


Dai graças ao Senhor ao som da harpa,
na lira de dez cordas celebrai-o!
Cantai para o Senhor um canto novo,
com arte sustentai a louvação!

O Senhor desfaz os planos das nações
e os projetos que os povos se propõem.
Mas os desígnios do Senhor são para sempre,
e os pensamentos que ele traz no coração,
de geração em geração, vão perdurar.

Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.
Evangelho (Mateus 10,1-7)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 10 1 Jesus reuniu seus doze discípulos. Conferiu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos e de curar todo mal e toda enfermidade.
2 Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão.
3 Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu.
4 Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor.
5 Estes são os Doze que Jesus enviou em missão, após lhes ter dado as seguintes instruções: "Não ireis ao meio dos gentios nem entrareis em Samaria;
6 ide antes às ovelhas que se perderam da casa de Israel.
7 Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
COMPANHEIROS DE MISSÃO
A grandeza da missão a ser realizada exigiu de Jesus contar com a ajuda de companheiros. A escolha dos doze apóstolos simboliza o que haveria de acontecer ao longo dos tempos: muitos seriam chamado para compartilhar a missão de Jesus.
Também o encargo conferido aos apóstolos tem um caráter paradigmático. O Mestre deu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos, curar toda doença e enfermidade, e mandou-os anunciar que "o Reino dos Céus está próximo". Trata-se das duas vertentes da ação de Jesus, que foi Messias por palavras e por obras. Enquanto Messias por palavras, sua pregação esteve toda centrada no tema do Reino: sua origem, as condições para aderir a ele, sua ação na história humana e seu destino último. Enquanto Messias por obras, empenhou-se todo em fazer o bem a quem dele se aproximava com o desejo de ser ajudado. A fé foi sempre um requisito para que as pessoas se beneficiassem dos milagres de Jesus. Jamais usou o poder que o Pai lhe conferira, para fazer algo em benefício próprio. Em tudo visou o bem das pessoas.
Os que são chamados a ser companheiros de Jesus – homens e mulheres – terão de percorrer o mesmo caminho. O sinal mais convincente de adesão sincera será a capacidade de segui-lo até a cruz.

Oração

Pai, tu me escolheste para ser companheiro de missão de teu Filho Jesus. Que eu seja capaz de percorrer, com fidelidade, o mesmo caminho trilhado por ele.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, ser purificados pela oferenda que vos consagramos; que ela nos leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Sl 33,9)
Depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por essa tão grande dádiva, possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTO AGOSTINHO RONG
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Deus todo-poderoso que destes a Santo Agostinho Rong e companheiros a graça de sofrer por Cristo, ajudai também nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Possa agradar-vos, ó Deus, a oferenda que vos será consagrada em honra do martírio dos vossos santos Agostinho Rong e companheiros, para que nos purifique dos nossos pecados e vos torne propício às nossas preces. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Nutridos com o pão do céu, nos tornamos um só corpo em Cristo. Fazei, ó Pai, que jamais nos afastemos do seu amor e, a exemplo dos vossos santos mártires Agostinho Rong e companheiros, superemos tudo corajosamente por aquele que nos amou primeiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO AGOSTINHO RONG E COMPANHEIROS):
Agostinho Zhao Rong era um soldado chinês que escoltou Monsenhor Dufresse até a cidade de Beijin e o acompanhou até sua execução por decapitação. Ele ficou muito impressionado com a serenidade e a força espiritual de Defresse que, apesar de torturado, não renegou a fé em Cristo. Foi assim que Agostinho se viu tocado pela luz da fé e rogou para que Defresse o convertesse. Depois, foi baptizado e enviado ao Seminário de onde saiu ordenado sacerdote diocesano. Quando foi reconhecido como cristão, ele também sofreu terríveis suplícios antes de morrer decapitado, em 1815, mas nunca renegou a sua fé em Cristo. No início de 1900 ocorreu a revolução comunista chinesa, provocada por motivos políticos reprimidos há anos, com novas ondas de perseguições aos cristãos. Porém, o motivo foi exclusivamente religioso, como comprovaram os documentos históricos. Desde então uma sangrenta exterminação aconteceu matando um número infindável de catequistas leigos, chineses convertidos, sacerdotes chineses e igrejas. Todos os nomes não puderam ser localizados, porque a destruição e os incêndios continuaram ao longo do novo regime político chinês. A última execução em massa de cristãos na China, que se tem notícia, foi em 25 de Fevereiro de 1930. No ano do Jubileu de 2000, o Papa João Paulo II canonizou Agostinho Zhao Rong e 119 Companheiros Mártires da China. Eles passaram a ser venerados no dia 09 de Julho, pois constituem um exemplo de coragem e de coerência para todos os cristãos do mundo.

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